Espaços livres na escola
<span style="font-family: ">O projeto de Extensão Espaços Livres na Escola busca contribuir com o bem estar dos usuários, permitindo a estimulação dos sentidos, através da cor, textura, sabor, fragrância, luz e som ali presentes. A “aprendizagem emocional” ocorre como uma experiência...
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Format: | Article |
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Universidade Estadual Paulista, Pró-Reitoria de Extensão Universitária
2010-12-01
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Series: | Revista Ciência em Extensão |
Online Access: | http://ojs.unesp.br/index.php/revista_proex/article/view/457 |
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Rafael Escrivão Sorrigotto Norma Regina Truppel Constantino |
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<span style="font-family: ">O projeto de Extensão Espaços Livres na Escola busca contribuir com o bem estar dos usuários, permitindo a estimulação dos sentidos, através da cor, textura, sabor, fragrância, luz e som ali presentes. A “aprendizagem emocional” ocorre como uma experiência não articulada. O brincar é a maneira como as crianças estabelecem relação com o mundo físico e social, em um cenário multissensorial, estimulando o desenvolvimento da mente, corpo e espírito. Entre as características essenciais presentes no jardim educativo podemos citar a relação entre o programa de necessidades e o ambiente, na escala da criança; a relação entre a idade e quantidade de crianças, além de oferecer aos usuários uma variedade de opções e a oportunidade de fazer escolhas, possibilitando a manipulação e permitindo o contato social, inserido no espaço junto à natureza. Portanto, o objetivo principal é a elaboração de um projeto paisagístico para um espaço livre escolar que busque um melhor desempenho ecológico, além de servir como estímulo à aprendizagem e à sociabilidade entre as crianças. Após consulta à Secretaria de Planejamento da Prefeitura Municipal de Bauru, averiguou-se que a Escola Municipal de Educação Infantil Integrada – EMEII Garibaldo, localizada no jardim Santana, em Bauru – SP, fora reinaugurada, havendo interesse na implantação do projeto de extensão universitária. Tendo como ponto de partida o levantamento bibliográfico sobre o tema, questionários aplicados aos funcionários, desenhos elaborados pelos alunos e a análise da edificação e de seu funcionamento, chegou-se a uma proposta de intervenção para as áreas livres como também alterações na edificação, depois de realizadas visitas técnicas à escola. Como metodologia para chegar a uma análise mais crítica do ambiente escolar, levou-se em consideração a opinião dos usuários do edifício - alunos e funcionários – sendo proposta uma atividade de desenho às crianças, evidenciando o que mais gostavam e o que menos gostavam na escola, além de desenhar como gostariam que fosse a escola. A turma selecionada para esta atividade apresentava uma faixa etária de 5 a 6 anos, num total de 17 crianças. Aos funcionários da instituição foi distribuído um questionário para que eles atribuíssem valores de acordo com as problemáticas abordadas. Foi realizada a tabulação dos questionários, com a aplicação do Diagrama de Paretto. A proposta de intervenção foi apresentada aos usuários, discutindo os principais pontos a serem revistos. O terreno da escola ocupa uma quadra completa, tendo em frente uma pequena praça. A vegetação de grande porte é suficiente para toda a área livre, no entanto foi necessário um tratamento paisagístico em escala mais reduzida, com o uso de gramíneas e arbustos de pequeno e médio porte. O uso de diferentes escalas foi importante não apenas na escolha da vegetação, mas também no emprego de diversos materiais, cores e espaços. Os resultados apresentados no projeto incluem a reforma de pisos, jardins, proposição de um novo layout para o playground e propostas para uma melhor organização dos ambientes, buscando dar ênfase à criação de uma identidade visual ao espaço, sem perder de vista a importância do ato criativo das crianças como parte do ambiente de aprendizagem. Além disso, buscou-se incentivar as atividades voltadas à sensibilização e conscientização das crianças quanto ao ambiente, estabelecendo conexões entre horticultura, paisagismo e educação ambiental, com a criação de uma pequena horta, que poderá ser abordada em aulas relacionadas à alimentação, aos sentidos, reciclagem, técnicas agrícolas e preservação do ambiente, valorizando “o fazer” dos alunos. As atividades realizadas demonstram a importância de estabelecermos vínculos entre a Universidade e a comunidade, com a aplicação das pesquisas realizadas. A experiência no ensino de Paisagismo, enriquecedora e instigante, busca levar os discentes a imprimir em seus projetos os valores estéticos, ambientais, funcionais e sociais. O Projeto de Extensão “Espaços Livres na Escola” também permite que levemos esta experiência à comunidade, buscando despertar a consciência e o respeito pela natureza, ao mesmo tempo em que estamos contribuindo, de maneira mais efetiva, na formação da paisagem urbana. No dia 30 de novembro de 2009, a análise e as propostas da extensão universitária “Espaços Livres na Escola” foram apresentadas pelo bolsista e os projetos entregues à diretora da EMEII Garibaldo, com o objetivo de contribuir para sua implementação.</span> |
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Entre as características essenciais presentes no jardim educativo podemos citar a relação entre o programa de necessidades e o ambiente, na escala da criança; a relação entre a idade e quantidade de crianças, além de oferecer aos usuários uma variedade de opções e a oportunidade de fazer escolhas, possibilitando a manipulação e permitindo o contato social, inserido no espaço junto à natureza. Portanto, o objetivo principal é a elaboração de um projeto paisagístico para um espaço livre escolar que busque um melhor desempenho ecológico, além de servir como estímulo à aprendizagem e à sociabilidade entre as crianças. Após consulta à Secretaria de Planejamento da Prefeitura Municipal de Bauru, averiguou-se que a Escola Municipal de Educação Infantil Integrada – EMEII Garibaldo, localizada no jardim Santana, em Bauru – SP, fora reinaugurada, havendo interesse na implantação do projeto de extensão universitária. Tendo como ponto de partida o levantamento bibliográfico sobre o tema, questionários aplicados aos funcionários, desenhos elaborados pelos alunos e a análise da edificação e de seu funcionamento, chegou-se a uma proposta de intervenção para as áreas livres como também alterações na edificação, depois de realizadas visitas técnicas à escola. Como metodologia para chegar a uma análise mais crítica do ambiente escolar, levou-se em consideração a opinião dos usuários do edifício - alunos e funcionários – sendo proposta uma atividade de desenho às crianças, evidenciando o que mais gostavam e o que menos gostavam na escola, além de desenhar como gostariam que fosse a escola. A turma selecionada para esta atividade apresentava uma faixa etária de 5 a 6 anos, num total de 17 crianças. Aos funcionários da instituição foi distribuído um questionário para que eles atribuíssem valores de acordo com as problemáticas abordadas. Foi realizada a tabulação dos questionários, com a aplicação do Diagrama de Paretto. A proposta de intervenção foi apresentada aos usuários, discutindo os principais pontos a serem revistos. O terreno da escola ocupa uma quadra completa, tendo em frente uma pequena praça. A vegetação de grande porte é suficiente para toda a área livre, no entanto foi necessário um tratamento paisagístico em escala mais reduzida, com o uso de gramíneas e arbustos de pequeno e médio porte. O uso de diferentes escalas foi importante não apenas na escolha da vegetação, mas também no emprego de diversos materiais, cores e espaços. Os resultados apresentados no projeto incluem a reforma de pisos, jardins, proposição de um novo layout para o playground e propostas para uma melhor organização dos ambientes, buscando dar ênfase à criação de uma identidade visual ao espaço, sem perder de vista a importância do ato criativo das crianças como parte do ambiente de aprendizagem. Além disso, buscou-se incentivar as atividades voltadas à sensibilização e conscientização das crianças quanto ao ambiente, estabelecendo conexões entre horticultura, paisagismo e educação ambiental, com a criação de uma pequena horta, que poderá ser abordada em aulas relacionadas à alimentação, aos sentidos, reciclagem, técnicas agrícolas e preservação do ambiente, valorizando “o fazer” dos alunos. As atividades realizadas demonstram a importância de estabelecermos vínculos entre a Universidade e a comunidade, com a aplicação das pesquisas realizadas. A experiência no ensino de Paisagismo, enriquecedora e instigante, busca levar os discentes a imprimir em seus projetos os valores estéticos, ambientais, funcionais e sociais. O Projeto de Extensão “Espaços Livres na Escola” também permite que levemos esta experiência à comunidade, buscando despertar a consciência e o respeito pela natureza, ao mesmo tempo em que estamos contribuindo, de maneira mais efetiva, na formação da paisagem urbana. No dia 30 de novembro de 2009, a análise e as propostas da extensão universitária “Espaços Livres na Escola” foram apresentadas pelo bolsista e os projetos entregues à diretora da EMEII Garibaldo, com o objetivo de contribuir para sua implementação.</span>http://ojs.unesp.br/index.php/revista_proex/article/view/457 |