Autoenxerto de túnica vaginal como reforço na herniorrafia perineal em cão - Relato de caso

A orquiectomia, cirurgia coadjuvante para o tratamento da hérnia perineal, disponibiliza um tecido conjuntivo que, a exemplo de outras membranas biológicas, possui características ideais para enxertia. Desta forma, descreve-se a utiliza- ção da túnica vaginal como autoenxerto livre para reparação do...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Barbra Gabriela Oliveira de Faria, Vanessa Moraes da Silva, Caterina Muramoto, Ana Maria Quessada, Vivian Fernanda Barbosa, Erica Augusta dos Anjos Cerqueira da Silva, Emanoel Ferreira Martins Filho, João Moreira da Costa Neto
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade de Medicina Veterinária do Estado do Rio de Janeiro 2016-10-01
Series:Brazilian Journal of Veterinary Medicine
Subjects:
Online Access:http://rbmv.org/index.php/BJVM/article/view/264
Description
Summary:A orquiectomia, cirurgia coadjuvante para o tratamento da hérnia perineal, disponibiliza um tecido conjuntivo que, a exemplo de outras membranas biológicas, possui características ideais para enxertia. Desta forma, descreve-se a utiliza- ção da túnica vaginal como autoenxerto livre para reparação do diafragma pélvico de um cão de 12 anos, portador de hérnia perineal unilateral direita, redutível. O procedimento cirúrgico consistiu de dois tempos cirúrgicos. Inicialmente, foi realizada a orquiectomia fechada. Após a exérese dos órgãos, as túnicas de ambos os testículos foram coletadas e preparadas em um único enxerto de dupla camada. Posteriormente, foi realizada abordagem ao processo herniário, que se caracterizava por amplo anel herniário, acompanhado por discreta atrofia muscular e conteúdo herniário composto por alças intestinais, bexiga urinária e próstata. Após redução do conteúdo e debridamento muscular, procedeu-se à síntese muscular primária por meio de sutura, que se mostrou deficitária, permitindo aproximação das bordas musculares, mas com evidente fragilidade tecidual. O enxerto então foi fixado à musculatura e sepultado pela sutura intradérmica e de pele. O animal foi acompanhado por um período de 180 dias de pós-operatório, mediante análises clínicas e ultrassonográfica sem serem evidenciados quaisquer sinais de complicações ou recidiva. Conclui-se que o autoenxerto de túnica vaginal, obtido através da orquiectomia prévia, foi uma opção viável para reforço da herniorrafia clássica no reparo do diafragma pélvico e pode ser empregada para o tratamento da hérnia perineal.
ISSN:0100-2430
2527-2179