Summary: | Resumo: O artigo analisa uma lenda sobre uma criança nascida de ventre livre, Maria Tereza Joaquina, assim como a repercussão daquela história nas gerações subsequentes. Já adulta, ela foi rainha Jinga, nas décadas de 1950, 1960 e 1970, do maçambique de Osório, folguedo popular afrocatólico do litoral do Rio Grande do Sul. Será enfocada a interação entre “pensamento mítico”, memória e história. Segundo o relato da própria rainha, ela havia segurado brasas em sua infância a fim de ajudar o senhor de sua mãe a acender cigarros de palheiro. Confronto a versão por ela narrada ao jornalista, folclorista e antropólogo Norton Corrêa em 1980 com relatos similares de seus netos durante a década de 2010. Estudo seus papéis nas concepções de escravidão e liberdade e seu impacto na identidade familiar.
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