Summary: | JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O anestesiologista trabalha sob grande pressão, por lidar com doença, dor, sofrimento e morte. A exposição desse profissional aos efeitos de fadiga, fatores físicos, químicos e biológicos pode causar transtornos físicos e psicológicos. Este estudo objetivou conhecer as influências das variáveis laborais na qualidade de vida (QV) dos anestesiologistas da cidade de João Pessoa. MÉTODO: Estudo descritivo, de corte transversal e com abordagem quantitativa, composto por 83 médicos que responderam ao instrumento genérico para avaliar a QV, proposto pela Organização Mundial da Saúde. Os dados foram analisados por estatísticas descritivas e testes de comparação de média. O nível de significância adotado para as análises foi de 5%. RESULTADOS: As análises demonstraram que as variáveis laborais relacionadas ao total de horas de plantões semanais, às horas trabalhadas, ao hábito de dormir no pós-plantão e nos intervalos dos plantões e à prática de atividade física pelo profissional se correlacionaram com a QV. Verificou-se também que há diferença estatisticamente significativa entre os domínios da escala de QV e o número de horas de trabalho dos participantes. Por outro lado, a renda mensal exerce influência sobre a QV (p < 0,05) apenas no domínio meio ambiente. CONCLUSÕES: Observou-se que as variáveis laborais correlacionam-se significativamente com a QV. Além de haver diferença estatística expressiva entre os domínios da escala de QV e o número de horas de trabalho dos participantes, verificou-se que há também essa mesma divergência quanto ao domínio meio ambiente e à renda mensal.
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