Summary: | Este ensaio tem as relações entre Política, Linguística e Educação em Língua Portuguesa como tema, delimitando-se no questionamento acerca de em quê/como/de que modo os estudos linguísticos têm ou não contribuído para qualificar a abordagem escolar da linguagem em nível nacional. O conteúdo ocupa-se de problematizar questões como “O que os estudos linguísticos têm efetivamente feito em favor da qualificação do ensino e da aprendizagem de Língua Portuguesa nos estratos mais pobres da população brasileira? Em quê/como avanços nessa área do conhecimento reverberaram nacionalmente na educação em linguagem? E por que deveriam fazê-lo?” e inquietudes afins. Objetiva-se (i) argumentar contrariamente à denegação da abordagem epistêmica que se compreende ter tomado conta do campo da linguagem, e (ii) defender que o tensionamento dialético entre usos da língua e metacognição é condição para que a escola efetivamente contribua em um processo de formação dos estudantes que esteja comprometido com a emancipação humana, o que ganha especial sentido em um país com a forte conformação de fragilidades sociais como o Brasil
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