Summary: | Assentado no pressuposto de que o ser humano se vê na contingência incessante de decidir como agir satisfatoriamente nos multifacetados espaços pelos quais se vê obrigado a circular, defende-se neste texto que a leitura se dá sempre a partir do ambiente em que o indivíduo se encontra, já que as condições do entorno são essenciais para que uma reação adequada à manutenção de sua existência possa ser tomada. Na esteira dessa compreensão, o texto procura demonstrar de que forma a sala de aula, por ter se tornado um ambiente repetitivo e que não dá condições ao sujeito de reagir ao meio, teria perdido o potencial para desenvolver a capacidade leitora das crianças, jovens e adultos que a frequentam. O texto propõe então que histórias em quadrinhos, desde que o trabalho não fique restrito às publicações oriundas da comunicação de massa, podem cumprir essa finalidade, proporcionando aos alunos o contato com obras que ofereçam sempre novos modos de organização do espaço ficcional, chamados de “protocolos de leitura”, que fazem as vezes da chamada leitura de mundo.
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