Summary: | OBJETIVO: Avaliar o efeito da administração de uma dieta enteral industrializada com antioxidantes sobre as concentrações plasmáticas de tióis totais, carbonilas de proteínas e malondialdeído em pacientes após acidente vascular cerebral. MÉTODOS: A amostra foi constituída de 14 pacientes de um hospital geral que iniciaram nutrição enteral 48 horas após o evento. Falência múltipla, insuficiência hepática, obesidade mórbida e diabetes Mellitus associados foram critérios de exclusão. A dieta industrializada ofertada por gotejamento contínuo, com uso de bombas infusoras, continha mix de carotenoides, vitaminas C, E e minerais Se, Zn e Cu em sua formulação. As amostras de sangue foram coletadas antes do início da administração da dieta e após cinco dias de início da dieta enteral, somente de pacientes que tivessem recebido o volume necessário para completar o gasto energético total. Tióis plasmáticos e carbonilas de proteína foram determinados por meio do Reagente de Ellman e pela reação com dinitrofenilhidrazina respectivamente. O malondialdeído foi obtido pela determinação de substâncias reativas do ácido tiobarbitúrico. RESULTADOS: A média de idade foi M=70,3, DP=14,1 anos. Todos receberam acima de 100% da Dietary Reference Intakes para nutrientes antioxidantes, que não ultrapassaram os limites superiores toleráveis de ingestão. Não houve alteração da concentração de tióis, mas houve aumento da formação de carbonilas de proteínas (p=0,034). Nos pacientes entubados, esse marcador mostrou-se significativamente maior (p=0,048) após administração da dieta. Não houve diferença nas concentrações de malondialdeído após a oferta de antioxidantes dietéticos. CONCLUSÃO: A análise de biomarcadores não demonstrou redução do estresse oxidativo após administração de dieta enteral industrializada com antioxidantes.
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