Análise perceptiva e acústica em fonética forense: uma pesquisa em disfarce de voz

O objetivo maior deste trabalho de pesquisa foi introduzir um grupo de alunos de graduação em Letras nas atividades de análise perceptiva e acústica em contexto forense. Para isso um texto de 75 palavras foi criado para simular uma situação de sequestro. Cinquenta participantes, divididos em grupos...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Maria Lucia de Castro Gomes, Denise de Oliveira Carneiro, Andrea Alves Guimarães Dresch
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal de Uberlândia 2016-06-01
Series:Domínios de Lingu@gem
Subjects:
Online Access:http://www.seer.ufu.br/index.php/dominiosdelinguagem/article/view/31650
Description
Summary:O objetivo maior deste trabalho de pesquisa foi introduzir um grupo de alunos de graduação em Letras nas atividades de análise perceptiva e acústica em contexto forense. Para isso um texto de 75 palavras foi criado para simular uma situação de sequestro. Cinquenta participantes, divididos em grupos de dez de acordo com gênero e faixa etária, foram gravados lendo o texto em voz normal e, em seguida, disfarçando a sua voz. Para a análise perceptiva, foi utilizado o protocolo VPAS (LAVER, 1980;  CAMARGO E MADUREIRA, 2008), realizada por seis pessoas (juízes). Para a análise acústica, usou-se o software PRAAT para medição de duração, F0, F1 e F2. Vozes feminas e masculinas foram comparadas e alguns resultados confirmam algumas tendência universais, como: a duração intrínseca das vogais, na qual as vogais mais baixas são mais longas que as vogais mais altas; informantes do sexo feminino apresentam valores de frequência de F0, F1 e F2 mais altas que os do sexo masculino; as mulheres apresentam espaço vocálico maior que os homens.  Os ajustes mais frequentes para o disfarce de voz foram: a mandíbula aberta e a protrusão labial, como ajustes supralaríngeos, o falsete e a voz áspera, como ajustes de fonação.
ISSN:1980-5799