Fenologia da trapoeraba como indicador para tolerância ao herbicida glyphosate Phenology of bengal dayflower as indicator of glyphosate tolerance

Rotineiramente, tem sido desconsiderada a contribuição do estádio de desenvolvimento das espécies de plantas daninhas nas análises de tolerância ou resistência a herbicidas, o que pode resultar em divergências entre a pesquisa teórica e a aplicação prática dos dados. Nesse sentido, este trabalho foi...

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Bibliographic Details
Main Authors: A.C.R Dias, S.J.P Carvalho, P.J Christoffoleti
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas 2013-03-01
Series:Planta Daninha
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-83582013000100020
Description
Summary:Rotineiramente, tem sido desconsiderada a contribuição do estádio de desenvolvimento das espécies de plantas daninhas nas análises de tolerância ou resistência a herbicidas, o que pode resultar em divergências entre a pesquisa teórica e a aplicação prática dos dados. Nesse sentido, este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar a resposta biológica da trapoeraba (Commelina benghalensis), comparativamente ao capim-marmelada (Brachiaria plantaginea), a aplicações de doses do herbicida glyphosate, em seis estádios fenológicos. Dois experimentos foram desenvolvidos em casa de vegetação, submetendo-se plantas de trapoeraba e capim-marmelada ao esquema fatorial de tratamentos 9 x 6, em que nove foram as doses de glyphosate e seis foram os estádios fenológicos das plantas daninhas, variáveis entre a emissão da primeira folha definitiva e o início do florescimento. Por meio do emprego de curvas de dose-resposta e de regressões polinomiais, concluiu-se que o estádio de desenvolvimento da trapoeraba contribui significativamente para o grau de tolerância da espécie ao herbicida glyphosate, de modo que, comparativamente ao capim-marmelada, plantas de trapoeraba tornam-se quatro vezes mais tolerantes ao glyphosate a cada dez unidades de desenvolvimento fenológico na escala BBCH. Essas considerações possuem importante aplicabilidade prática, justificando medidas de controle químico em estádios iniciais do crescimento da trapoeraba.<br>The importance of the phenological development of weeds has been frequently ignored when analyzing plant-herbicide tolerance or resistance, what may result on divergences between theoretical research and practical data application. Thus, this work was carried out to evaluate the biological response of Bengal dayflower (Commelina benghalensis), comparatively to alexandergrass (Brachiaria plantaginea), to the application of different rates of glyphosate, at six phenological stages. Two experiments were developed under greenhouse conditions, with Bengal dayflower and alexandergrass plants being submitted to a 9 x6 factorial scheme, where nine treatments were the glyphosate rates and six, the weed phenological stages, varying between unfolding of the first true leaf and the beginning of flowering. Using dose-response curves and polynomial regressions, it could be concluded that the Bengal dayflower phenological stages significantly contribute to the species'degree of glyphosate-tolerance, since, compared to alexandergrass, Bengal dayflower plants became four times more tolerant to glyphosate at every ten units of phenological development at the BBCH scale. These considerations have an important practical applicability, justifying chemical control measurements at the initial growth stages of Bengal dayflower.
ISSN:0100-8358