Summary: | A busca por desenvolvimento econômico e energético levou o governo federal brasileiro, em pleno período de ditadura militar, a avançar para o norte do país, onde se constatou um relevante potencial hidroelétrico presente na região. A UHE de Balbina-AM representa uma das várias intervenções políticas organizadas e implementadas como promessas de progresso para a Amazônia. Tal construção foi concebida sob diversas problemáticas, muitas das quais questionáveis até os dias de hoje, isso porque ocorreram modificações sociais, ambientais e econômicas no entorno do reservatório construído. Nesta pesquisa realizou-se um estudo onde foi possível demonstrar e analisar as transformações ocorridas no entorno do Reservatório da Usina Hidrelétrica de Balbina, tendo por finalidade entender como se organiza o atual espaço geográfico. Para a pesquisa foi utilizado o método geossistêmico usando como metodologia: as coletas de campo, imagens de satélite para elaboração de mapas, pesquisa bibliográfica e documental, além de visitas aos institutos que colaboraram com informações complementares. Através da pesquisa foi possível identificar as modificações na paisagem e o processo de desterritorialização dos Waimiri- atroaris ocasionados pela implementação do projeto da UHE de Balbina, além é claro no que diz respeito às novas formas de uso e ocupação do solo. Os resultados também demonstram que mesmo com os grandes impactos ocorridos pela construção e implantação da usina, a água do reservatório contribuiu para a formação de novas territorialidades ocasionando as transformações socioespaciais em seu entorno.
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