Genealogia e Agonismo como Metodologia nas Relações Internacionais
Este artigo baseia-se em sugestões teórico-metodológicas de Michel Foucault. Em especial, focaremos a analítica das relações de poder/saber, a genealogia, o agonismo, e as visões desse autor sobre justiça, veridicção e constituição dos sujeitos. Para sugerir como trabalha a metodologia genealógica,...
Main Authors: | , |
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Format: | Article |
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Published: |
Associação Brasileira de Relações Internacionais
2019-05-01
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Series: | Carta Internacional |
Online Access: | https://www.cartainternacional.abri.org.br/Carta/article/view/821 |
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doaj-65495ef64fbd4adbbda24f87417a01cd2020-11-25T03:36:58ZengAssociação Brasileira de Relações InternacionaisCarta Internacional2526-90382019-05-0114115317610.21530/ci.v14n1.2019.821821Genealogia e Agonismo como Metodologia nas Relações InternacionaisEmerson Maione0Thiago Rodrigues1Instituto de Relações Internacionais e Defesa (IRID-UFRJ)Instituto de Estudos Estratégicos (INEST-UFF).Este artigo baseia-se em sugestões teórico-metodológicas de Michel Foucault. Em especial, focaremos a analítica das relações de poder/saber, a genealogia, o agonismo, e as visões desse autor sobre justiça, veridicção e constituição dos sujeitos. Para sugerir como trabalha a metodologia genealógica, trazemos breves ilustrações sobre justiça de transição. Daí emerge uma sugestão de análise da justiça de transição que visa enxergá-la não como algo que apenas busque romanticamente a “verdade” e a “justiça”, mas também como uma verdadeira frente de batalha cujo resultado dependerá das variações das relações de força em embates localizados. Sugere-se, portanto, que a genealogia é uma metodologia capaz de gerar análises que fujam do maniqueísmo que estabelece, rigidamente, o “certo” e o “errado”, o “justo” e o “injusto”. E uma vez que a genealogia é, em si mesma, uma abordagem altamente política, parcial, ela busca questionar discursos que, ao contrário, se apresentam como neutros e universais. Por isso ela se foca não em “objetos” rígidos e supostamente isoláveis do conjunto de acontecimentos sociais, mas interpela os acontecimentos, discursos e práticas de poder, interessada em identificar quais relações de poder e saber moldaram tal objeto.https://www.cartainternacional.abri.org.br/Carta/article/view/821 |
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Emerson Maione Thiago Rodrigues |
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Este artigo baseia-se em sugestões teórico-metodológicas de Michel Foucault. Em especial,
focaremos a analítica das relações de poder/saber, a genealogia, o agonismo, e as visões
desse autor sobre justiça, veridicção e constituição dos sujeitos. Para sugerir como trabalha a
metodologia genealógica, trazemos breves ilustrações sobre justiça de transição. Daí emerge
uma sugestão de análise da justiça de transição que visa enxergá-la não como algo que
apenas busque romanticamente a “verdade” e a “justiça”, mas também como uma verdadeira
frente de batalha cujo resultado dependerá das variações das relações de força em embates
localizados. Sugere-se, portanto, que a genealogia é uma metodologia capaz de gerar análises
que fujam do maniqueísmo que estabelece, rigidamente, o “certo” e o “errado”, o “justo” e
o “injusto”. E uma vez que a genealogia é, em si mesma, uma abordagem altamente política, parcial, ela busca questionar discursos que, ao contrário, se apresentam como neutros e
universais. Por isso ela se foca não em “objetos” rígidos e supostamente isoláveis do conjunto
de acontecimentos sociais, mas interpela os acontecimentos, discursos e práticas de poder,
interessada em identificar quais relações de poder e saber moldaram tal objeto. |
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