Summary: | Este artigo tem como objetivo indicara presença de alunos pobres nas aulas públicas primárias da Província da Parahyba do Norte no período de 1849 a 1889. O desenvolvimento do argumento central demonstrou a frequência da população pobre nas aulas tendo como mediação a legislação, os requerimentos, ofícios e correspondências trocados entre as autoridades e os professores, bem como os relatórios de presidentes da Província e dos diretores da instrução. A documentação encontrada foi ponderada como oficial e muito próxima do movimento da legislação. Para análise, a pesquisa histórica foi utilizada considerando a produção social de evidências históricas a partir dos conflitos que emergiram do intenso debate e das atividades administrativas na fundação da escola primária brasileira. Tendo como base o registro desta materialidade cotejamos com os jornais da época, a bibliografia produzida acerca da história, da educação e da história da educação na Paraíba. Pretendeu-se que a documentação confrontada com a defesa da escola como uma produção social de determinados sujeitos em épocas e intencionalidades específicas definisse a categoria de escolarização como mostra de uma fundamentação teórica e metodológica. O recorte temporal considerou os dois primeiros regulamentos que organizaram a instrução pública promulgados em 1849. O ano de 1889 por ter marcado a política e a sociedade com a mudança do regime político. Para o entendimento do contexto da instrução, tratamos da organização social da Província e do ideal instrucional pensado e difundido pelos intelectuais e gestores da época. Concluímos, a partir de quatro casos analisados, que a presença de alunos pobres nas aulas primárias estava relacionada à defesa de instruir e civilizar a população.
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