À mesa com Tatarana: a alimentação como marca da memória em Grande Sertão: Veredas

O seguinte artigo tem como objetivo principal fazer um percurso gastronômico pelo sertão rosiano analisando alguns fragmentos da obra Grande Sertão: Veredas (1956), de Guimarães Rosa, a partir dos códigos relacionados, na narrativa, à alimentação e à comensalidade, com o fito de desvelar seu valor...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Aline Macedo Silva Araújo
Format: Article
Language:Spanish
Published: Universidade de São Paulo 2017-06-01
Series:Revista Criação & Crítica
Subjects:
Online Access:http://www.revistas.usp.br/criacaoecritica/article/view/129234
Description
Summary:O seguinte artigo tem como objetivo principal fazer um percurso gastronômico pelo sertão rosiano analisando alguns fragmentos da obra Grande Sertão: Veredas (1956), de Guimarães Rosa, a partir dos códigos relacionados, na narrativa, à alimentação e à comensalidade, com o fito de desvelar seu valor simbólico intrínseco, observando como as práticas alimentares foram empregadas por Rosa, tanto para a construção do arcabouço romanesco, como para a constituição do processo social e da figura do jagunço. Acreditamos que as abundantes referências à alimentação, às preparações, aos utensílios de cozinha e aos ritos de comensalidade atuam como o que chamaríamos de “gatilho” de memória na narrativa de Riobaldo, já que, além de atuar como uma espécie de médium de memória intratextual na obra (pois aciona lembranças), também atua como médium da memória coletiva.  
ISSN:1984-1124