Summary: | Este trabalho problematiza as representações sobre professoras da educação infantil na cidade de Pelotas/RS, entre as décadas de 1940 e 1960, expressas nos documentos das primeiras instituições privadas ou públicas que abriram espaço para o atendimento de crianças pequenas. Nas fontes documentais pesquisadas, as representações de professora estão atreladas ao discurso religioso (católico), ao serem ressaltadas a vocação e a missão dessa profissional. Dentre as representações, destacamos os diferentes modos de ser professora: alguém que deve corrigir os defeitos da criança e de sua família, educadora sanitária e fada bondosa. Ao mesmo tempo que se pensa na educadora infantil como algo inerente ao feminino, exige-se dela uma profissionalização crescente. Tais representações se entrecruzam e se misturam umas às outras, exercendo um importante papel para o governo das professoras, das crianças e de suas famílias, estabelecendo, de algum modo, a indissociabilidade entre magistério e maternidade
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