Destempo
O presente texto reflete sobre a fotografia como destempo, que tomo emprestado – palavra e sentido – do escritor João Guimarães Rosa. Rosa usa destempo no romance “Grande Sertão Veredas” e no conto “Sota e Barla”, do livro “Tutaméia”. Destempo é aqui pensado como ponto ou instante, mas com duração,...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Federal Fluminense (UFF)
2019-11-01
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Series: | Poiésis |
Online Access: | https://periodicos.uff.br/poiesis/article/view/36376 |
Summary: | O presente texto reflete sobre a fotografia como destempo, que tomo emprestado – palavra e sentido – do escritor João Guimarães Rosa. Rosa usa destempo no romance “Grande Sertão Veredas” e no conto “Sota e Barla”, do livro “Tutaméia”. Destempo é aqui pensado como ponto ou instante, mas com duração, mesmo que mínima, suficiente para dividir esse ponto/instante/destempo em arquivo e rastros fantasmais. Para discorrer sobre isso, a autora recorre à recente palestra de Serge Margel, na qual falou sobre o filme de Chris Marker, La Jetée, “Do spectrum ao speculum – La Jetée de Chris Marker e a montagem contrafactual”; e à entrevista de Jacques Derrida, “Copy, archive, signature: a conversation on photography”, relacionados à ideia de presentidade de Robert Morris. Para a autora, a fotografia produz o outro onde ele não está, no destempo do ponto ou do instante. |
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ISSN: | 2177-8566 2177-8566 |