Summary: | Purpose:
To understand the processes of territorialization in the daily life and work routine of settlers in Querência do Norte, Paraná, Brazil.
Originality/value:
This work contributes to the context of discussions on territory and territorialization processes (Haesbaert, 2011; Raffestin, 1993, 2008; Saquet, 2008) in the daily life (De Certeau, 2014) of workers marginalized by society in general.
Design/methodology/approach:
We developed this qualitative article from data collected through eight life history interviews with settlers, pre-settlers, and residents of Querência do Norte, in the State of Paraná (PR). After transcribing the interviews, they went through an analysis of narratives.
Findings:
We identify that, through the practices of work, study and claims, the settlers territorialize the space, and there they create their own rules and norms of coexistence. In their struggles for land, it is clear that their place of belonging is the field, justifying the insistence on the struggle for the right to land to cultivate. The sense of belonging of the workers is represented by the struggle that unites them and places them as part of a larger movement. Placing men at the center of the construction of territoriality is accomplished through the daily struggle and work of the settlers and pre-settlers in Querência do Norte (PR). / Objetivo:
Compreender os processos de territorialização no cotidiano de vida e trabalho de assentados em Querência do Norte, Paraná.
Originalidade/valor:
Este trabalho contribui com o contexto das discussões acerca do território e processo de territorialização (Haesbaert, 2011; Raffestin, 1993, 2008; Saquet, 2008) no cotidiano (De Certeau, 2014) de trabalhadores marginalizados pela sociedade de forma geral.
Design/metodologia/abordagem:
Este artigo de natureza qualitativa foi desenvolvido a partir de dados coletados por meio de oito entrevistas de história de vida com assentados, pré-assentados e moradores de Querência do Norte. Depois de transcritas, as entrevistas passaram por uma análise de narrativas.
Resultados:
Identificamos que a partir das práticas de trabalho, estudo e reivindicações, os assentados territorializam o espaço e ali passaram a criar suas próprias regras e normas de convivência. Em suas lutas pela terra, torna-se claro que seu local de pertencimento é o campo, justificando a insistência na luta pelo direito à terra para cultivar. O sentimento de pertencimento dos trabalhadores é representado pela luta que os une e os coloca como parte de um movimento maior. Tendo o homem como centro, a construção da territorialidade se faz no cotidiano de luta e trabalho dos assentados e pré-assentados em Querência do Norte.
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