O ens realissimum e a existência: notas sobre o conceito de impessoalidade em Ser e Tempo, de Martin Heidegger
Neste artigo examinamos a noção de impessoalidade (das Man), apresentada em Ser e Tempo, de Martin Heidegger. Tomando como via interpretativa a análise de uma comparação estabelecida por Heidegger entre o das Man e o conceito de ens realissimum, sustenta-se que a impessoalidade possui uma função ont...
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2001-12-01
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doaj-60fcd5f67007493a992cefd521f819812020-11-24T22:45:15ZdeuUniversidade Federal de Minas GeraisKriterion0100-512X2001-12-014210411312910.1590/S0100-512X2001000200006O ens realissimum e a existência: notas sobre o conceito de impessoalidade em Ser e Tempo, de Martin HeideggerRóbson Ramos dos ReisNeste artigo examinamos a noção de impessoalidade (das Man), apresentada em Ser e Tempo, de Martin Heidegger. Tomando como via interpretativa a análise de uma comparação estabelecida por Heidegger entre o das Man e o conceito de ens realissimum, sustenta-se que a impessoalidade possui uma função ontológica central no programa da ontologia fundamental. O modo de ser impessoal representa a fonte elementar de toda inteligibilidade, de modo análogo ao modo como o conceito de ens realissimum, na tradição ontoteológica, significou o fundamento de determinação de coisas em geral. Assim, o paralelo entre as noções de impessoalidade e ens realissimum permite captar a natureza social da projeção de ser pela compreensão de ser que caracteriza o ser humano.<br>In this paper we examine the notion of impersonality (das Man) presented in Heidegger's Being and Time. Taking as interpretative guideline the analysis of a comparison made by Heidegger between the das Man and the concept of ens realissimum, we maintain that the impersonality has a central ontological function within the program of the fundamental ontology. Like the concept of ens realissimum in the ontoteological tradition, which played the rolle of ground of determination for things in generall, the impersonal manner of being represents the elemental source of all inteligibility. The parallel between the notions of impersonality and ens realissimum enables then a grasping of the social nature of the projection of being by the human understanding of being.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-512X2001000200006Heideggerimpessoalidadeens realissimum |
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Neste artigo examinamos a noção de impessoalidade (das Man), apresentada em Ser e Tempo, de Martin Heidegger. Tomando como via interpretativa a análise de uma comparação estabelecida por Heidegger entre o das Man e o conceito de ens realissimum, sustenta-se que a impessoalidade possui uma função ontológica central no programa da ontologia fundamental. O modo de ser impessoal representa a fonte elementar de toda inteligibilidade, de modo análogo ao modo como o conceito de ens realissimum, na tradição ontoteológica, significou o fundamento de determinação de coisas em geral. Assim, o paralelo entre as noções de impessoalidade e ens realissimum permite captar a natureza social da projeção de ser pela compreensão de ser que caracteriza o ser humano.<br>In this paper we examine the notion of impersonality (das Man) presented in Heidegger's Being and Time. Taking as interpretative guideline the analysis of a comparison made by Heidegger between the das Man and the concept of ens realissimum, we maintain that the impersonality has a central ontological function within the program of the fundamental ontology. Like the concept of ens realissimum in the ontoteological tradition, which played the rolle of ground of determination for things in generall, the impersonal manner of being represents the elemental source of all inteligibility. The parallel between the notions of impersonality and ens realissimum enables then a grasping of the social nature of the projection of being by the human understanding of being. |
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