Maneiras criativas de não gostar de Bakhtin: Lydia Ginzburg e Mikhail Gasparov

Este artigo contribui para nossa compreensão de como os russos receberam os conceitos de Bakhtin, principalmente dois influentes estudiosos russos, críticos de Bakhtin, cada um a partir de uma perspectiva diferente. O estudo de tais críticas é valioso, uma vez que nos incentiva a reexaminar nossas p...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Caryl Emerson
Format: Article
Language:English
Published: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 2015-11-01
Series:Bakhtiniana: Revista de Estudos do Discurso
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-45732016000100042&lng=en&nrm=iso&tlng=pt&ORIGINALLANG=pt
id doaj-604248016ae64ad69b135086036a1251
record_format Article
spelling doaj-604248016ae64ad69b135086036a12512020-11-24T22:38:22ZengPontifícia Universidade Católica de São PauloBakhtiniana: Revista de Estudos do Discurso2176-45732176-45732015-11-011114276http://dx.doi.org/10.1590/2176-457324391Maneiras criativas de não gostar de Bakhtin: Lydia Ginzburg e Mikhail GasparovCaryl Emerson0Princeton UniversityEste artigo contribui para nossa compreensão de como os russos receberam os conceitos de Bakhtin, principalmente dois influentes estudiosos russos, críticos de Bakhtin, cada um a partir de uma perspectiva diferente. O estudo de tais críticas é valioso, uma vez que nos incentiva a reexaminar nossas próprias percepções, por vezes complacentes, das teorias de Bakhtin. Mikhail Gasparov (1937-2005), um importante classicista e preeminente erudito do verso, publicou críticas virulentas contra Bakhtin entre 1979 e 2004. Seu problema com Bakhtin era essencialmente metodológico. Lydia Ginzburg (1902-1990), conhecida por suas Notes of a Blockade Person, e por estudos sobre os gêneros do diário, das memórias, da carta pessoal e do caderno do escritor, questionou os pressupostos psicológicos por trás das teorias bakhtinianas de simpatia e amor. Ginzburg também tinha sérias dúvidas quanto à ideia bakhtiniana do romance polifônico e a respeito do uso que Bakhtin fazia da oposição entre o monológico e o dialógico para caracterizar os romances de Tolstoi e Dostoiévski. Um exame atento das posições de Bakhtin e Ginzburg sobre o amor revela paralelos e diferenças interessantes. O artigo termina com sugestões sobre como as críticas de Ginsburg e de Gasparov podem nos ajudar a ler Bakhtin de maneiras criativas.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-45732016000100042&lng=en&nrm=iso&tlng=pt&ORIGINALLANG=ptRecepçãoCríticaMetodologiaAmorRomance polifônico
collection DOAJ
language English
format Article
sources DOAJ
author Caryl Emerson
spellingShingle Caryl Emerson
Maneiras criativas de não gostar de Bakhtin: Lydia Ginzburg e Mikhail Gasparov
Bakhtiniana: Revista de Estudos do Discurso
Recepção
Crítica
Metodologia
Amor
Romance polifônico
author_facet Caryl Emerson
author_sort Caryl Emerson
title Maneiras criativas de não gostar de Bakhtin: Lydia Ginzburg e Mikhail Gasparov
title_short Maneiras criativas de não gostar de Bakhtin: Lydia Ginzburg e Mikhail Gasparov
title_full Maneiras criativas de não gostar de Bakhtin: Lydia Ginzburg e Mikhail Gasparov
title_fullStr Maneiras criativas de não gostar de Bakhtin: Lydia Ginzburg e Mikhail Gasparov
title_full_unstemmed Maneiras criativas de não gostar de Bakhtin: Lydia Ginzburg e Mikhail Gasparov
title_sort maneiras criativas de não gostar de bakhtin: lydia ginzburg e mikhail gasparov
publisher Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
series Bakhtiniana: Revista de Estudos do Discurso
issn 2176-4573
2176-4573
publishDate 2015-11-01
description Este artigo contribui para nossa compreensão de como os russos receberam os conceitos de Bakhtin, principalmente dois influentes estudiosos russos, críticos de Bakhtin, cada um a partir de uma perspectiva diferente. O estudo de tais críticas é valioso, uma vez que nos incentiva a reexaminar nossas próprias percepções, por vezes complacentes, das teorias de Bakhtin. Mikhail Gasparov (1937-2005), um importante classicista e preeminente erudito do verso, publicou críticas virulentas contra Bakhtin entre 1979 e 2004. Seu problema com Bakhtin era essencialmente metodológico. Lydia Ginzburg (1902-1990), conhecida por suas Notes of a Blockade Person, e por estudos sobre os gêneros do diário, das memórias, da carta pessoal e do caderno do escritor, questionou os pressupostos psicológicos por trás das teorias bakhtinianas de simpatia e amor. Ginzburg também tinha sérias dúvidas quanto à ideia bakhtiniana do romance polifônico e a respeito do uso que Bakhtin fazia da oposição entre o monológico e o dialógico para caracterizar os romances de Tolstoi e Dostoiévski. Um exame atento das posições de Bakhtin e Ginzburg sobre o amor revela paralelos e diferenças interessantes. O artigo termina com sugestões sobre como as críticas de Ginsburg e de Gasparov podem nos ajudar a ler Bakhtin de maneiras criativas.
topic Recepção
Crítica
Metodologia
Amor
Romance polifônico
url http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-45732016000100042&lng=en&nrm=iso&tlng=pt&ORIGINALLANG=pt
work_keys_str_mv AT carylemerson maneirascriativasdenaogostardebakhtinlydiaginzburgemikhailgasparov
_version_ 1725713413831655424