Summary: | Este artigo tem como objetivo analisar a inserção internacional dos governos subnacionais, desenvolvida através da paradiplomacia e da diplomacia federativa, sob a perspectiva das Teorias de Relações Internacionais. O método utilizado foi o de revisão de literatura na modalidade de “scoping review”, buscando identificar e sistematizar os estudos já existentes sobre o tema, bem como apontar alguns caminhos para pesquisas futuras (JESSON et al, 2011). Inicialmente, busca-se contextualizar o surgimento do fenômeno, identificando a interdependência, a globalização e a integração regional como seus fatores desencadeadores. Apesar de não haver uma teoria específica destinada a explicar a paradiplomacia e a diplomacia federativa, é possível analisá-las a partir de adaptações das teorias destinadas a explicar seus fatores desencadeadores, tais como as Teorias da Globalização, a Teoria da Interdependência Complexa e o Intergovernamentalismo Neoliberal. De forma geral, a inserção internacional dos governos subnacionais ocorre de forma reativa a processos globais que afetam diretamente a dimensão local. Argumenta-se que a erosão das fronteiras soberanas e as interações cada vez mais complexas entre o global e o local nas relações internacionais permitem, não apenas necessidade de inserção internacional dos governos subnacionais, como também a construção de novos espaços onde eles possam atuar no cenário internacional.
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