Meningite assética associada à terapêutica com imunoglobulina endovenosa

A meningite asséptica pode ser uma complicação da terapêutica com imunoglobulina endovenosa. Apresentamos o caso de um rapaz, 4 anos, previamente saudável, internado por Púrpura Trombocitopénica Imune. Recebeu duas doses de imunoglobulina endovenosa. Quatro horas após a última administração iniciou...

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Bibliographic Details
Main Authors: Telma Francisco, David Lito, Inês Girbal, Florbela Cunha
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Portuguesa de Pediatria 2014-09-01
Series:Portuguese Journal of Pediatrics
Online Access:https://pjp.spp.pt//article/view/4625
Description
Summary:A meningite asséptica pode ser uma complicação da terapêutica com imunoglobulina endovenosa. Apresentamos o caso de um rapaz, 4 anos, previamente saudável, internado por Púrpura Trombocitopénica Imune. Recebeu duas doses de imunoglobulina endovenosa. Quatro horas após a última administração iniciou síndrome meníngea. O líquido cefalorraquidiano revelou 500células/μL (predomínio neutrófilos), com bioquímica normal. Os exames bacteriológico e virulógico foram negativos. Ficou assintomático após 48h. Dada a ausência de outro factor etiológico e a relação temporal com a administração da imunoglobulina, admitimos tratar-se de uma meningite pós imunoglobulina endovenosa. Esta terapêutica pode causar cefaleias, febre e vómitos; contudo, habitualmente não se efectua punção lombar, estando esta complicação eventualmente subdiagnosticada.
ISSN:2184-3333