Summary: | Resumo Há dicotomias consolidadas na historiografia das ciências que impedem um melhor desenvolvimento das pesquisas. As rupturas mental-material, sujeito-objeto e natureza-sociedade são os obstáculos. Há ainda o embaraço do conflito entre o relativismo e o realismo que acirra essas dicotomias e nelas se fundamenta. O objetivo deste artigo é enfrentar essas querelas e delas se desfazer, ultrapassando-as. A solução apresentada é a consideração do agenciamento das coisas materiais ao lado da ação dos sujeitos humanos. Um estorvo a essa proposta é a orientação de Latour que simula esse resultado por meio de uma retórica hilozoísta. Mostra-se aqui uma alternativa a Latour, desprovida de qualquer animismo, que evidencia a maneira concreta como a agência material dos objetos participa do fazer científico ao lado dos humanos.
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