Summary: | Resumo Este artigo busca investigar de que maneira escritores africanos da época das independências recorriam, em seus textos, a identidades sociais demarcadas em termos de nação, raça, etnia e classe, no esforço de definir, explicar e pautar a ação coletiva pelo quadro de projetos políticos nacionais específicos. Após revisar a possibilidade de se falar de uma “literatura africana das independências”, busca-se definir a conveniência de uma abordagem “de baixo para cima” das classificações sociais envolvidas, entendendo-as como pontos em uma escala de identidades, mais que como campos conceituais discretos, e enfatizando seu “uso prático” como um índice analítico privilegiado para o universo mais amplo do nacionalismo africano e suas disputas. Finalmente, apresenta-se um pequeno esboço comparativo das possibilidades de tratamento divergente da identidade em diferentes escalas a partir de um corpus ilustrativo de autores africanos.
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