Summary: | No contexto da construção das instituições estatais na Argentina em fins do século XIX, foi-se construindo uma imagem diferente da infância. A educação e o trabalho se converteram em tópicos centrais nos discursos que abordaram a questão. Se o fato de que algumas crianças e jovens deviam trabalhar para ajudar no sustento familiar começou a estabelecer fronteiras negativas, muitos assumiam que para as crianças pobres o trabalho era preferível ao ócio, ante-sala da delinquência. O objetivo deste artigo é refletir sobre o modo pelo qual era percebida a relação entre as crianças e o trabalho em povoados da campaña centro e sul da província de Buenos Aires. Daremos especial ênfase aos abusos dos quais haviam sido objeto os menores no âmbito laboral, situação sobre a qual os historiadores têm assumido sua existência, mas sem problematizá-la.
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