Summary: | Heart rate variability (HRV) is a simple and noninvasive measure that estimates cardiac autonomic modulation, mainly the parasympathetic contribution. Increased sympathetic and/or decreased parasympathetic nervous activity is seen in post-myocardial infarction (MI) patients. Consequently, these patients present reduced HRV, which has been associated with increased risk of adverse events and mortality. Exercise training, recommended as a complementary therapy for patients with cardiovascular disease, has shown numerous beneficial effects. The main aim of the present manuscript was to provide a critical review of studies investigating the effects of exercise training on cardiac autonomic modulation, through HRV, in MI patients and the possible mechanisms involved. Despite conflicting evidence, exercise training appears to be a useful therapeutic intervention to improve the unbalanced autonomic function of MI patients. Finally, the mechanisms involved are not yet well understood, but nitric oxide bioavailability and angiotensin II levels seem to play an important role. Resumo: A variabilidade da frequência cardíaca é uma medida simples e não invasiva da modulação autonómica cardíaca, principalmente da contribuição da divisão parassimpática. O aumento da atividade simpática e/ou a diminuição da atividade parassimpática ocorre em doentes com enfarte agudo do miocárdio. Consequentemente, estes doentes apresentam reduzida variabilidade da frequência cardíaca, a qual tem sido associada com risco aumentado de eventos cardíacos adversos e de mortalidade. Existem evidências de numerosos benefícios do exercício físico regular, quando recomendado como terapêutica coadjuvante em sujeitos com doença cardiovascular. Assim sendo, o propósito do presente artigo é a realização de uma revisão crítica dos estudos investigando o efeito do exercício físico regular na variabilidade da frequência cardíaca e os potenciais mecanismos em doentes com história de enfarte agudo do miocárdio. O exercício físico regular parece ser um meio terapêutico para melhorar a desregulação da função do sistema nervoso autónomo em doentes com história de enfarte agudo do miocárdio, apesar de os resultados contraditórios entre os estudos. Finalmente, não estão claramente estabelecidos os possíveis mecanismos pelos quais o exercício melhora a variabilidade da frequência cardíaca, mas o aumento da biodisponibilidade do óxido nítrico e a redução dos níveis de angiotensina II induzidos pelo exercício parecem desempenhar um importante papel. Keywords: Heart rate variability, Autonomic function, Myocardial infarction, Exercise training, Palavras-chave: Variabilidade da frequência cardíaca, Função autonómica, Enfarte do miocárdio, Exercício
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