Ao sul do Corredor Cultural: moradia e patrimônio na área central do Rio de Janeiro durante a década de 1980
Este artigo discute a história da patrimonialização da área central do Rio de Janeiro e o problema dos sujeitos sociais e da moradia no projeto Corredor Cultural durante a década de 1980. Pretende-se pensar como a propalada e ambicionada relação entre moradia e patrimônio – um dos focos do campo na...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade de São Paulo, Museu Paulista
2020-12-01
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Series: | Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material |
Subjects: | |
Online Access: | https://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/166191 |
Summary: | Este artigo discute a história da patrimonialização da área central do Rio de Janeiro e o problema dos sujeitos sociais e da moradia no projeto Corredor Cultural durante a década de 1980. Pretende-se pensar como a propalada e ambicionada relação entre moradia e patrimônio – um dos focos do campo nas décadas de 1970 e 1980 – é elaborada no quadro das práticas patrimoniais daqueles anos. A partir da análise de fontes documentais, iconográficas e cartográficas sobre o Corredor Cultural, discute-se um tema pouco abordado na historiografia sobre a preservação do Centro do Rio de Janeiro. A análise de documentos consultados em arquivos associada às entrevistas feitas com agentes públicos e gestores à época, permitiram o
cruzamento de dados para a problematização e construção sobre como o tema da moradia foi
tratado. O estudo “Espaços de moradia ao sul do Corredor Cultural”, de 1984, para a Área de Proteção do Ambiente Cultural da Cruz Vermelha serve como foco e estudo de caso para discutir o tema da habitação no patrimônio nesse período. Entendendo que apropriações locais e sujeitos sociais foram um dos principais vértices conceituais do patrimônio cultural do período, problematizamos de que maneira o tema foi articulado, estudado e posto em prática no projeto
de preservação urbana do Corredor Cultural, além de como ele se relacionou com os outros agentes de patrimônio na cidade. Discute-se a centralidade dos argumentos da cultura e dos usos culturais na proposta de revitalização e preservação e como os habitantes foram ou não considerados nesse processo. Encerra-se discutindo como um tema tão importante para a década de 1980 segue irresoluto nas políticas de valorização e preservação do patrimônio nacional.
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ISSN: | 0101-4714 1982-0267 |