UM DISCURSO QUE SE REFAZ: APAGAMENTOS DA MEMÓRIA E POLÍTICA DE PRESERVAÇÃO PATRIMONIAL NA CIDADE DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, SP.
O trabalho insere-se em uma linha de pesquisa que vem sendo desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Planejamento Urbano e Regional da Universidade do Vale do Paraíba, no estado de São Paulo. Nesta abordagem buscamos articular conhecimento oriundo de diferentes áreas do conhecimento (Sociologia,...
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade de Santa Cruz do Sul
2012-07-01
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Series: | Redes |
Subjects: | |
Online Access: | https://online.unisc.br/seer/index.php/redes/article/view/1617 |
Summary: | O trabalho insere-se em uma linha de pesquisa que vem sendo desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Planejamento Urbano e Regional da Universidade do Vale do Paraíba, no estado de São Paulo. Nesta abordagem buscamos articular conhecimento oriundo de diferentes áreas do conhecimento (Sociologia, Antropologia, Análise do Discurso, História) tendo como foco a formação de identidades a partir da configuração e do uso do espaço urbano. Mais especificamente, discutimos a política de preservação do patrimônio cultural na cidade de São José dos Campos, estado de São Paulo, buscando apreendê-la como parte de um processo em que segmentos hegemônicos da população buscam impor uma determinada representação da cidade. Abordamos o apagamento não só de marcas de um passado que organizou a cidade em função da cura da tuberculose (1900-1940) como também das memórias das pessoas que viveram esse tempo. Percebemos que a cidade é a materialização do que se diz sobre ela e como ela se diz. Como o objeto do enunciado está evidenciado na configuração do seu espaço, a leitura que se faz não só da manutenção como do processo dos bens elencados para serem preservados, de certa forma, acabam por representá-la. Abordamos acerca dos resultados da exclusão popular no processo de preservação do patrimônio histórico e cultural da comunidade de São José dos Campos, sobretudo os reflexos sobre a percepção que a população tem da cidade e de seu passado, tornando complexo o sentimento de pertencimento. Visa-se demonstrar que as questões sobre o patrimônio histórico local não devem permanecer restritas a alguns setores da sociedade, mas a todos que a compõem se, de fato, pensa-se na cidade como o espaço da memória em que todos têm a ela direito. |
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ISSN: | 1414-7106 1982-6745 |