Movimento #EleNão: reconhecimento e afirmação do ato de fala das mulheres na política

O foco deste artigo está em discutir a emergência de vozes das mulheres brasileiras na contemporaneidade – da condição de silêncio e inferiorização das “subalternas” até as fraturas e, por consequência, as falas e manifestações nas redes digitais e nas ruas. No artigo, propõe-se um debate sobre as s...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Maria Simone Vione Schwengber, Naira Leticia Giongo Mendes Pinheiro
Format: Article
Language:Spanish
Published: Universidade Federal de Santa Maria 2020-06-01
Series:Educação (UFSM)
Subjects:
Online Access:https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/36458
Description
Summary:O foco deste artigo está em discutir a emergência de vozes das mulheres brasileiras na contemporaneidade – da condição de silêncio e inferiorização das “subalternas” até as fraturas e, por consequência, as falas e manifestações nas redes digitais e nas ruas. No artigo, propõe-se um debate sobre as seguintes questões: como tem se dado a passagem entre o silêncio e a fala das mulheres nos espaços públicos? A partir de que condições? Como corpus das análises, utilizamos o movimento #EleNão (2018). O percurso teórico-metodológico para a análise é inspirado na perspectiva foucaultiana do acontecimento discursivo. Das análises, destacamos que o movimento #EleNão reatualiza a luta do reconhecimento do outro da política – Elas. #EleNão emerge como política de performatividade, de ações corporais e gestuais de resistência, de exposição do direito de falar, de aparecer no sentido de existir, de lutar contra as precariedades das existências. #EleNão produz sentidos de ação política no imaginário social brasileiro, isto é, reposiciona certa saída da condição das mulheres como subalternas que não falam. #EleNão surge como espaço para tensionar/pensar o feminismo nos interstícios de suas igualdades e diferenças no campo das relações de gênero.
ISSN:1984-6444