Summary: | RACIONAL: O câncer de esôfago é a sexta causa de morte relacionada à neoplasia no Brasil, e a esofagectomia quando factível é um dos pilares do tratamento, tanto com intento curativo quanto paliativo. A fístula cervical é complicação comum do procedimento e tem incidência entre 0,8 e 47, 6%. OBJETIVO: Testar a eficiência de uma alternativa técnica para a diminuição desta ocorrência. MÉTODOS: Análise prospectiva de 126 pacientes alocados em dois grupos de acordo com a técnica utilizada para a anastomose esofagogástrica cervical. O grupo A, composto por 96 pacientes, teve a anastomose cervical realizada em dois planos, camadas mucosa com sutura contínua de fio categute cromado 3-0 ou caprofyl 3-0 e seromuscular com pontos separados de seda 3-0 agulhada, de forma tradicional, após ressecção prévia das extremidades redundantes do esôfago e tubo gástrico. O grupo B, composto por 25 pacientes, foi submetido a uma variação técnica para esta anastomose, inicialmente sem a abertura da camada mucosa da extremidade redundante do tubo gástrico e coto esofágico. RESULTADOS: O grupo no qual foi efetuada a nova alternativa técnica de esofagogastroanastomose cervical apresentou incidência nula de deiscência de sutura cervical. CONCLUSÃO: A alternativa técnica proposta foi eficiente no quesito fístula por otimizar a apresentação dos planos de sutura, facilitando a confecção da anastomose, diminuindo assim as taxas desta complicação na esofagectomia<br>BACKGROUND: The esophageal cancer is the 6th cause of cancer-related death in Brazil, and esophagectomy is the cornerstone of the treatment, not only for the curative cases, but with palliative intent as well. The cervical fistula is a very frequent complication of the procedure with a related incidence between 0,8 and 47,8%. AIM: Prospective analysis to determine the success of a new alternative technique of cervical anastomosis. METHODS: Prospective analysis of 126 patients, distributed in two groups accordingly to the cervical anastomosis technique. Group A (n=96) had cervical anastomosis in two layers, the inner continuous type and outer isolated, followed by redundant tissue. Group B (n=25) had a technical variation with suture done without mucosa opening at first. RESULTS: This alternative technique for the cervical esophagogastric anastomosis presented zero fistulas. CONCLUSION: This alternative was efficient in decrease fistula rate because it allow best exposition and visualization of the anastomosis, facilitating the suture lines.
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