Proteinúria nas síndromes hipertensivas da gestação: prognóstico materno e perinatal Proteinuria in hypertensive syndrome of pregnancy: maternal and perinatal outcome

OBJETIVO: Avaliar o valor prognóstico da proteinúria nas gestantes com síndromes hipertensivas nos desfechos maternos e perinatais. MÉTODOS: Estudo transversal retrospectivo de 334 gestantes com síndromes hipertensivas que pariram no Hospital São Paulo na disciplina de Obstetrícia da UNIFESP/EPM, no...

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Bibliographic Details
Main Authors: Tarcísio Mota Coelho, Marília da Glória Martins, Eder Viana, Maria Rita de Sousa Mesquita, Luiz Camano, Nelson Sass
Format: Article
Language:English
Published: Associação Médica Brasileira 2004-04-01
Series:Revista da Associação Médica Brasileira
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-42302004000200040
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Proteinúria nas síndromes hipertensivas da gestação: prognóstico materno e perinatal Proteinuria in hypertensive syndrome of pregnancy: maternal and perinatal outcome
Revista da Associação Médica Brasileira
Hipertensão na gestação
Proteinúria
Mortalidade materna e perinatal
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Proteinuria
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1806-9282
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description OBJETIVO: Avaliar o valor prognóstico da proteinúria nas gestantes com síndromes hipertensivas nos desfechos maternos e perinatais. MÉTODOS: Estudo transversal retrospectivo de 334 gestantes com síndromes hipertensivas que pariram no Hospital São Paulo na disciplina de Obstetrícia da UNIFESP/EPM, no período de 1º de janeiro de 1999 a 31 de dezembro de 2002. RESULTADOS: Após a revisão dos prontuários, as pacientes foram divididas em quatro grupos: I sem proteinúria (n-203), II com proteinúria de 0,3 a 1g (n-39), III de 1 a 2g (n-45) e grupo IV de 2g ou mais (n-47). Na ausência da proteinúria houve um caso de descolamento prematuro da placenta. Com proteinúria observou-se desfechos maternos adversos, com a presença das complicações, proporcional à elevação da proteinúria, sendo a síndrome HELLP a mais freqüente com 30,5% (40/131) seguida da eclâmpsia com 3,8% (5/131), DPP 3,01% (4/131) e insuficiência renal 0,7% (1/131). Foi constatado um óbito materno nesse grupo, perfazendo-se o CMM de 763100.000/n.v. Em relação aos desfechos perinatais, no grupo sem proteinúria não houve elevação dos efeitos adversos. Na presença da proteinúria e a elevação dos seus níveis observou-se pior prognóstico perinatal com os seguintes indicadores: aumento da prematuridade (62,2% vs 11,5%), recém-nascidos com peso < 2500g (6,5% vs 1,5%), Apgar < 7 no 5º minuto (30,4% vs 3,5%), restrição de crescimento intra-útero (41,9% vs 6,5%), cuidados intensivos na unidade neonatal (59,8% vs 15,5%), natimortos (14,4% vs 1,4%), e óbitos neonatais (6,1% vs 0,98%). O coeficiente de mortalidade perinatal foi maior com proteinúria (175 vs 19,7) e, quando > 2g (297,8 vs 19,7). CONCLUSÕES: A presença da proteinúria e a elevação dos seus níveis, aumentaram as complicações maternas, principalmente a síndrome HELLP e eclâmpsia. Observou-se incidência de complicações perinatais com elevação significativamente maior da prematuridade, recém-nascidos com Apgar < 7, peso < 2500g, CIUR, natimortos e óbitos neonatais.<br>AIM: The purpose of this study was to determine the role of proteinuria on pregnancy outcome in hypertensive syndrome with singleon pregnancies. METHODS: Transversal study with retrospective data of 334 pregnancies complicated by hypertensive syndromes who were delivered in the Department of Obstetrics of UNIFESP/EPM from January 1, 1999 to December 31, 2002. RESULTS: The patients were divided into four groups: (I) without proteinuria (n-203); (II) with proteinuria of 0.3 to 1.0g (n-39); (III) 1.0 to 2.0g (n-45); and (IV) 2.0g or more. Without proteinuria there was one case of placental abruption. The presence of proteinuria predicted adverse maternal outcome with increase of complications proportional to his elevation; among them, HELLP syndrome was the most frequent with 30.5% (40/131) followed by eclampsia with 3.8% (5/131), DPP 3.1% (4/131) and renal insufficiency with 0.7% (1/131). It was confirmed one maternal death in that group, when Maternal Mortality of 763/100.000nv was added up. As to the perinatal effects there was not increase of adverse effects without proteinuria. In the presence of proteinuria and its levels was observed the worst perinatal outcome with the elevation of the following indicatives: increase prematurety (62.2% vs 11.5%), newborn with weight < 2500g (6.5% vs 1.5%), newborn with Apgar < 7 in the 5th minute (30.4% vs 3.5%), concepts with growing restriction of intrauterine (41.9% vs 6.5%), newborn interned in the neonatal undid, (59.8% vs 15.5%) stillborn (14.4% vs 1.4%), neonatal deaths (6.1% vs 0.98%). The Perinatal Mortality was greater with proteinúria (175 vs 19,7) and, when = 2.0g (297.8 vs 19.6). CONCLUSIONS: The presence of proteinuria in the hipertensives syndromes during gestation and the elevation of their levels increase the risks of maternal complications, especially HELLP syndromes and eclampsia. Besides, it was observed a significative incidence of premature birth, newborn with Apgar < 7, weight < 2500g, IUGR, stillborn and neonatal deaths.
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