Efeitos do treinamento resistido na força de indivíduo com paralisia cerebral

A paralisia cerebral (PC) é um grupo de sintomas incapacitantes permanentes resultantes de danos às áreas do cérebro responsáveis pelo controle motor. É um problema não-progressivo que pode ter origem antes, durante ou logo após o nascimento e se manifesta na perda ou no comprometimento do controle...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Régia Carla Nogueira Torres Gomes, Karla Bruna Nogueira Torres Barros, Erick de Lima Gomes, Tadeu de Almeida Alves Júnior, Rubens Vinícius Letieri, Jose Airton de Freitas Pontes Junior
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício 2016-03-01
Series:Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício
Subjects:
Online Access:http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/914
Description
Summary:A paralisia cerebral (PC) é um grupo de sintomas incapacitantes permanentes resultantes de danos às áreas do cérebro responsáveis pelo controle motor. É um problema não-progressivo que pode ter origem antes, durante ou logo após o nascimento e se manifesta na perda ou no comprometimento do controle sobre a musculatura voluntária. O treinamento de força tem sido defendido nos últimos anos como uma abordagem para maximizar a função de pessoas com PC. Assim, objetivou-se identificar alteração na melhoria da força submáxima por meio do exercício resistido em um sujeito com PC. A pesquisa foi um estudo de caso, analítico, longitudinal quantitativo e observacional qualitativo avaliativo. O sujeito da pesquisa foi uma adolescente de 16 anos, com PC mista, diplegia e ataxia. O treinamento consistiu em 12 semanas de exercícios resistidos subdivididas em três sessões semanais de 60 minutos em dias alternados, num total de 36 sessões. Os principais resultados pós-intervenção foram: aumento da carga de 1RM em todos os 19 exercícios de treinamento, com diferença significativa (t = -3,447 para p≤ 0,01). Apenas 3 resultados tiveram valores entre 42 e 44% de melhora, e todos os outros 16 com melhoras entre 125 a mais de 600%. Percebe-se que, além do aumento da força, houve também melhoria funcional da marcha sem aumentar os níveis de espasticidade. Há necessidade de estudos que orientem melhor os treinamentos para cada grau de PC.   ABSTRAC  Effects of resistance training on strength of an individual with cerebral palsy Cerebral palsy (CP) is a group of permanent disabling symptoms resulting from damage to areas of the brain responsible for motor control. It is a non-progressive problem that can be caused before, during or shortly after birth and is manifested in the loss or impairment of control over voluntary muscles. Strength training has been advocated in recent years as an approach to maximize CP people function. The aim was to identify changes in improving submaximum strength through resistance exercise in a subject with CP. The research was a case study, analytical, quantitative evaluation and qualitative longitudinal observational. The research subject was a 16 years with mixed CP, diplegia, and ataxia. The training consisted of 12 weeks of resistance training divided into three weekly sessions of 60 minutes every other day for a total of 36 sessions. The main post intervention results were: increased 1RM load in all 19 training exercises, with a significant difference (t = -3.447 for p = 0.01). Only 3 results have values between 42 and 44% improvement, and all other improvements between 16 to 125 to more than 600%. It is noticed that, in addition to increased strength, there was also functional improvement in gait without increasing spasticity levels. There is need for studies to better target training to each grade CP.
ISSN:1981-9900