Summary: | O objetivo deste trabalho é estudar a sintaxe dos quantificadores tudo e todo(s) no português afro-brasileiro em comparação com o português brasileiro comum, no quadro teórico da gramática gerativa. Proponho que a mesma variação entre tais quantificadores é encontrada nesses dois grupos de variedades de português. Dessa forma, a análise dos dados mostra que os dialetos afro-brasileiros apresentam uma dentre duas gramáticas possíveis de tudo, assim como o português brasileiro comum: uma com distribuição restritiva, outra dita “radical”. Em dialetos com morfologia rica, a sintaxe de tudo é semelhante à encontrada na gramática restritiva. Em outros dialetos que exibem morfologia pobre, o uso de tudo é mais difundido, como na gramática radical.
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