Hemisferectomia na hemiplegia infantil
Os autores relatam o caso de um paciente com 18 anos de idade, portador de paralisia cerebral instalada aos 4 anos de idade após moléstia febril prolongada (hemiplegia esquerda, crises convulsivas generalizadas, freqüentes e rebeldes à medicação, deficiência mental e alterações de conduta). O eletre...
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Academia Brasileira de Neurologia (ABNEURO)
1956-03-01
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Series: | Arquivos de Neuro-Psiquiatria |
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doaj-5b0343af8d1d4e7ab65600349365cf052020-11-25T00:24:48ZengAcademia Brasileira de Neurologia (ABNEURO)Arquivos de Neuro-Psiquiatria1678-42271956-03-01141374510.1590/S0004-282X1956000100003S0004-282X1956000100003Hemisferectomia na hemiplegia infantilRolando A. TenutoCarlos de LucciaJosé LongmanOs autores relatam o caso de um paciente com 18 anos de idade, portador de paralisia cerebral instalada aos 4 anos de idade após moléstia febril prolongada (hemiplegia esquerda, crises convulsivas generalizadas, freqüentes e rebeldes à medicação, deficiência mental e alterações de conduta). O eletrencefalograma e o pneumencefalograma revelaram alterações graves do hemisfério direito; tendo o primeiro destes exames demonstrado a existência de perturbações propagadas ao outro hemisfério. Foi praticada a hemisferectomia direita. Durante o ato cirúrgico, por exigência técnica foram extirpados, além do hemisfério cerebral, os dois terços rostrais do núcleo caudado e o núcleo amigdalóide. No pós-operatório foi intercorrência de osteomielite e meningite, medicadas com antibióticos e seqüestrectomia. Apesar da complicação pós-operatória, instalou-se progressiva melhora em relação à conduta social; diminuiu também a espasticidade no membro inferior esquerdo e não mais se repetiram as crises convulsivas. Não foram observadas modificações quanto ao rendimento intelectual e quanto aos distúrbios sensitivos que existiam antes da intervenção cirúrgica. O exame neurocular mostrou hemianopsia homônima esquerda. Êstes resultados são concordantes com os assinalados na literatura sobre o assunto.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X1956000100003&lng=en&tlng=en |
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Os autores relatam o caso de um paciente com 18 anos de idade, portador de paralisia cerebral instalada aos 4 anos de idade após moléstia febril prolongada (hemiplegia esquerda, crises convulsivas generalizadas, freqüentes e rebeldes à medicação, deficiência mental e alterações de conduta). O eletrencefalograma e o pneumencefalograma revelaram alterações graves do hemisfério direito; tendo o primeiro destes exames demonstrado a existência de perturbações propagadas ao outro hemisfério. Foi praticada a hemisferectomia direita. Durante o ato cirúrgico, por exigência técnica foram extirpados, além do hemisfério cerebral, os dois terços rostrais do núcleo caudado e o núcleo amigdalóide. No pós-operatório foi intercorrência de osteomielite e meningite, medicadas com antibióticos e seqüestrectomia. Apesar da complicação pós-operatória, instalou-se progressiva melhora em relação à conduta social; diminuiu também a espasticidade no membro inferior esquerdo e não mais se repetiram as crises convulsivas. Não foram observadas modificações quanto ao rendimento intelectual e quanto aos distúrbios sensitivos que existiam antes da intervenção cirúrgica. O exame neurocular mostrou hemianopsia homônima esquerda. Êstes resultados são concordantes com os assinalados na literatura sobre o assunto. |
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