Summary: | Objetivo: Avaliar o balanço hídrico acumulado durante o período do choque e determinar o que ocorre com ele nos 7 dias que se seguem à reversão do choque. Métodos: Estudo prospectivo e observacional, realizado em pacientes com choque séptico. Foram incluídos pacientes com pressão arterial média ≥ 65mmHg e lactato < 2,0mEq/L desmamados há menos de 12 horas do uso de vasopressores, sendo esse dia considerado o Dia 1. O balanço hídrico diário foi registrado por 7 dias após recuperação do choque. Os pacientes foram divididos em dois grupos, segundo a mediana da coorte para o balanço hídrico acumulado durante o período do choque: Grupo 1 ≤ 4,4L (n = 20) e Grupo 2 > 4,4L (n = 20). Resultados: Inscrevemos, neste estudo, um total de 40 pacientes. No Dia 1 do estudo, o balanço hídrico acumulado era de 1,1 [0,6 - 3,4] L no Grupo 1 e 9,0 [6,7 - 13,8] L no Grupo 2. No Dia 7 do estudo, o balanço hídrico acumulado era de 8,0 [4,5 - 12,4] L no Grupo 1 e 14,7 [12,7 - 20,6] L no Grupo 2 (p < 0,001 para ambos). A seguir, após a recuperação do choque, o balanço hídrico continuou a aumentar em ambos os grupos. Em comparação ao Grupo 1, o Grupo 2 teve um tempo mais longo de permanência na unidade de terapia intensiva e no hospital. Conclusão: São frequentemente observados balanços hídricos positivos em pacientes com choque séptico, o que pode estar relacionado a desfechos piores. Durante o período do choque, mesmo que o balanço hídrico fosse previamente positivo, este se torna ainda mais positivo. Após a recuperação do choque, o balanço hídrico continua a aumentar. Esse grupo com um balanço hídrico mais positivo permaneceu por mais tempo na unidade de terapia intensiva e no hospital.
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