Summary: | O presente texto procura discutir e vislumbrar as contribuições da psicologia histórica cultural para a participação das crianças na educação infantil. Confronta-se o discurso da participação, pautado num viés parternalista e adultocêntrico, inibidor de práticas democráticas efetivas em contextos infantis pedagógicos na interlocução com conceitos cunhados por Vigotski, Leontiev e Luria, tais como brincadeira, o desenvolvimento da psiquê humana e cultura. Desmistificar a ideia de criança incapaz, de cognição determinada pelo biológico, de etapas pré-definidas de desenvolvimento e compreender que a criança, tal como o adulto, tem seu desenvolvimento de forma plurifacetado na relação com a sua condição social, histórica e cultura é o que possibilita tonar as instituições de educação infantil um espaço de valorização de saberes e de participação infantil.
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