Ícones do design: da Bauhaus ao produto final
"Ícone", do grego eikón (imagem), é comumente entendido como ídolo, expoente, algo representativo, notável. Na semiótica de Charles Sanders Peirce (1839-1914), o conceito de "ícone" é bastante particular e faz referência a um tipo específico de signo: aquele que representa seu ob...
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Format: | Article |
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Universidade de São Paulo, Letras e Ciências Humanas
2010-06-01
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Series: | Estudos Semióticos |
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doaj-5a562139e98a401e8ce7834160ad6f292020-11-25T03:04:15ZengUniversidade de São Paulo, Letras e Ciências HumanasEstudos Semióticos1980-40162010-06-016110.11606/issn.1980-4016.esse.2010.49255Ícones do design: da Bauhaus ao produto finalRenira Rampazzo Gambarato0Virginia Commonwealth University in Qatar"Ícone", do grego eikón (imagem), é comumente entendido como ídolo, expoente, algo representativo, notável. Na semiótica de Charles Sanders Peirce (1839-1914), o conceito de "ícone" é bastante particular e faz referência a um tipo específico de signo: aquele que representa seu objeto por meio de relações de semelhança ou analogia, apropriando-se de alguma qualidade essencial dele, conforme discorremos neste artigo. O signo icônico identifica-se com o design na medida em que o ícone mantém com seu objeto uma relação de qualidade. O ícone, no dizer sobre o objeto, diz algo dele próprio, algo dele se faz presente no produto, ele se autorreferencia (metalinguagem). A constituição do ícone a partir da similaridade entre as materialidades expressivas do produto configura seu caráter estético-formal transmissor de informações. Ao empregar a expressão “ícones do design”, intentamos referenciar ambos os sentidos descritos acima. Fazemos menção a grandes nomes do design na Alemanha e no Brasil, mas, sobretudo, consideramos os produtos do design como objetos-ícone, com características qualitativas inerentes ao ícone. Abordamos, assim, o contexto do qual emergiu a escola que fundou o design enquanto disciplina, a Bauhaus, perpassando por seus métodos práticos e filosóficos, que inspiraram o design no mundo. O artigo culmina na abordagem das relações que encontramos entre o signo icônico e o produto do design, bem como nas referências específicas aos designers alemães e brasileiros, ícones do design.http://www.revistas.usp.br/esse/article/view/49255íconedesignBauhausPeirce |
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"Ícone", do grego eikón (imagem), é comumente entendido como ídolo, expoente, algo representativo, notável. Na semiótica de Charles Sanders Peirce (1839-1914), o conceito de "ícone" é bastante particular e faz referência a um tipo específico de signo: aquele que representa seu objeto por meio de relações de semelhança ou analogia, apropriando-se de alguma qualidade essencial dele, conforme discorremos neste artigo. O signo icônico identifica-se com o design na medida em que o ícone mantém com seu objeto uma relação de qualidade. O ícone, no dizer sobre o objeto, diz algo dele próprio, algo dele se faz presente no produto, ele se autorreferencia (metalinguagem). A constituição do ícone a partir da similaridade entre as materialidades expressivas do produto configura seu caráter estético-formal transmissor de informações. Ao empregar a expressão “ícones do design”, intentamos referenciar ambos os sentidos descritos acima. Fazemos menção a grandes nomes do design na Alemanha e no Brasil, mas, sobretudo, consideramos os produtos do design como objetos-ícone, com características qualitativas inerentes ao ícone. Abordamos, assim, o contexto do qual emergiu a escola que fundou o design enquanto disciplina, a Bauhaus, perpassando por seus métodos práticos e filosóficos, que inspiraram o design no mundo. O artigo culmina na abordagem das relações que encontramos entre o signo icônico e o produto do design, bem como nas referências específicas aos designers alemães e brasileiros, ícones do design. |
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