CHILDREN’S RIDDLES: WHAT DO THEY TELL US ABOUT CHANGE IN LANGUAGE ACQUISITION?
Partindo da constatação de que a relação da criança com a linguagem sofre importantes mudanças ao longo dos primeiros anos da infância, pretende-se neste artigo, através de exemplos recolhidos junto aos “corpora” de A e J (acompanhadas dos 1;9 até 5 anos de idade), caracterizar um aspecto dessa mu...
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Estadual de Campinas
2011-08-01
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Series: | Cadernos de Estudos Lingüísticos |
Online Access: | https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8637092 |
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doaj-59ad97224aa7446ab890caa7899b26a42021-06-21T13:17:40ZporUniversidade Estadual de CampinasCadernos de Estudos Lingüísticos2447-06862011-08-013310.20396/cel.v33i0.8637092CHILDREN’S RIDDLES: WHAT DO THEY TELL US ABOUT CHANGE IN LANGUAGE ACQUISITION?Rosa Attié Figueira0UNICAMP Partindo da constatação de que a relação da criança com a linguagem sofre importantes mudanças ao longo dos primeiros anos da infância, pretende-se neste artigo, através de exemplos recolhidos junto aos “corpora” de A e J (acompanhadas dos 1;9 até 5 anos de idade), caracterizar um aspecto dessa mudança: a alteração na sua condição de predominantemente interpretada pelo adulto para intérprete do outro e de sua própria fala (De Lemos 1996, publicado neste volume).Como exemplo da primeira condição será considerado um diálogo entre adulto e criança, que mostra como a interpretação do interlocutor modela expressões sintatica e semanticamente indeterminadas, conferindo-lhes um sentido compatível com o contexto discursivo, dirigindo a fala da criança para um e não outro sentido. Sem o compromisso de assumir que esta indeterminação desaparecerá completamente, pretende-se ir adiante e exibir um conjunto de adivinhas, espontaneamente criadas pela criança aos 4;6 de idade, dados que mostram a criança experimentando a condição de intérprete. Estudadas na literatura sobretudo sob o aspecto da compreensão (Clark 1978, Lefort 1982, Shultz 1974), as adivinhas serão neste artigo observadas sob o ângulo da produção, cabendo levantar as seguintes questões: chegam as crianças a produzir verdadeiras adivinhas? Qual o formato (traços estruturais) que tais peças exibem? Como adulto e criança se engajam nesta brincadeira, comandada pela criança? Finalmente: o que as adivinhas nos ensinam sobre as mudanças operadas na relação criança-linguagem? A relevância teórica dessas questões torna-se clara quando se recorda que adivinhas e outros jogos verbais são considerados como indícios de uma atividade metalinguística, cuja emergência é esperada somente num ponto mais avançado ou tardio do desenvolvimento linguístico. https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cel/article/view/8637092 |
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Rosa Attié Figueira |
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Partindo da constatação de que a relação da criança com a linguagem sofre importantes mudanças ao longo dos primeiros anos da infância, pretende-se neste artigo, através de exemplos recolhidos junto aos “corpora” de A e J (acompanhadas dos 1;9 até 5 anos de idade), caracterizar um aspecto dessa mudança: a alteração na sua condição de predominantemente interpretada pelo adulto para intérprete do outro e de sua própria fala (De Lemos 1996, publicado neste volume).Como exemplo da primeira condição será considerado um diálogo entre adulto e criança, que mostra como a interpretação do interlocutor modela expressões sintatica e
semanticamente indeterminadas, conferindo-lhes um sentido compatível com o contexto discursivo, dirigindo a fala da criança para um e não outro sentido. Sem o compromisso de assumir que esta indeterminação desaparecerá completamente, pretende-se ir adiante e exibir um conjunto de adivinhas, espontaneamente criadas pela criança aos 4;6 de idade, dados que mostram a criança experimentando a condição de intérprete. Estudadas na literatura sobretudo sob o aspecto da compreensão (Clark 1978, Lefort 1982, Shultz 1974), as adivinhas serão neste artigo observadas sob o
ângulo da produção, cabendo levantar as seguintes questões: chegam as crianças a produzir verdadeiras adivinhas? Qual o formato (traços estruturais) que tais peças exibem? Como adulto e criança se engajam nesta brincadeira, comandada pela criança? Finalmente: o que as adivinhas nos ensinam sobre as mudanças operadas na relação criança-linguagem? A relevância teórica dessas questões torna-se clara quando
se recorda que adivinhas e outros jogos verbais são considerados como indícios de uma atividade metalinguística, cuja emergência é esperada somente num ponto mais avançado ou tardio do desenvolvimento linguístico.
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