Efetividade do metronidazol tópico e/ou sistêmico no controle do mau odor de tumores malignos fétidos: revisão sistemática

• Main Authors: Juliana Massote Caldeira Brant, Laryssa Hillary Teodora da Silva
• Format: Article
• Language: English
• Published: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Odontologia 2021-08-01
• Series: Revista da Faculdade de Odontologia de Porto Alegre
• Subjects: metronidazol; odorantes; neoplasias
• Online Access: https://seer.ufrgs.br/RevistadaFaculdadeOdontologia/article/view/107376

Introdução: Tumores fétidos são uma complicação devastadora do câncer e causam muito desconforto e isolamento para o paciente. Eles geralmente se desenvolvem nos últimos seis meses de vida e são muito difíceis de tratar com sucesso. O objetivo desta revisão sistemática foi analisar as evidências da efetividade do metronidazol tópico e/ou sistêmico no tratamento de mau odor em feridas tumorais malignas. Resultados: Foram encontrados inicialmente 62 artigos, e destes, apenas 4 artigos na íntegra contemplaram os critérios de inclusão. Dois deles foram ensaios clínicos, sendo 1 duplo-cego, randomizado e 1, não controlado de fase III. Um artigo foi retrospectivo com coleta de dados de 10 anos e 1 foi de coorte prospectivo. Destes, 3 analisaram a eficácia do tratamento de tumores malignos com mau odor com o uso de metronidazol tópico e apenas 1 comparou o uso de metronidazol tópico com sistêmico. Discussão: Um fator que contribui para o mau odor não ser controlado de forma adequada, diz respeito a falta de protocolos padronizados para tal. Ao longo dos anos, estudiosos no assunto, tentam encontrar intervenções acessíveis e eficazes para reduzir as graves recorrências do mau odor em feridas necróticas. Conclusão: Tanto a via tópica quanto à sistêmica demonstram ser eficazes no controle do mau odor. Os resultados desta revisão destacam a falta de pesquisa nesta área com pouca evidência para direcionar a prática clínica no tratamento dessas lesões. Outros estudos se fazem necessários, para se estabelecer protocolos mais efetivos no controle desta condição angustiante, vivenciada por alguns pacientes oncológicos.