A doença na sociedade como entidade e como processo: subsídios para pensar a epidemiologia
Este artigo busca na "oscilação" histórica da compreensão da doença na sociedade, como entidade ou como processo, elementos para a reflexão acerca dos impasses e exigências vividos hoje pelos saberes e práticas da epidemiologia, por referência à proposição da construção de uma sociedade ma...
Main Author: | |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade de São Paulo
1993-01-01
|
Series: | Saúde e Sociedade |
Online Access: | http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12901993000200006 |
id |
doaj-599f3aa570714a77afe8a4687d922d85 |
---|---|
record_format |
Article |
spelling |
doaj-599f3aa570714a77afe8a4687d922d852020-11-24T22:13:38ZengUniversidade de São PauloSaúde e Sociedade0104-12901984-04701993-01-012213516210.1590/S0104-12901993000200006A doença na sociedade como entidade e como processo: subsídios para pensar a epidemiologiaJosé Ricardo de Carvalho Mesquita AyresEste artigo busca na "oscilação" histórica da compreensão da doença na sociedade, como entidade ou como processo, elementos para a reflexão acerca dos impasses e exigências vividos hoje pelos saberes e práticas da epidemiologia, por referência à proposição da construção de uma sociedade mais livre e justa. Superando o caráter metafísico das concepções ontológicas pré-modernas, as traduções processuais da epidemiologia tornaram-se nucleares a todo o conhecimento objetivo e intervenção prática sobre a dimensão social da doença, a partir do século XIX. No entanto, ao consolidarem socialmente essa posição, os métodos e objetos da ciência epidemiológica assumiram o estatuto prático de verdadeiros entes. São exploradas as raízes e as contradições desse "processualismo" que acaba por negar a sua própria natureza processual. Destaca-se a potencial contribuição de uma "concepção consensual de verdade" na superação do conteúdo de "irracionalismo" que, não obstante inegáveis méritos, esse paroxismo processual do saber epidemiológico, tem conferido à práxis sanitária.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12901993000200006 |
collection |
DOAJ |
language |
English |
format |
Article |
sources |
DOAJ |
author |
José Ricardo de Carvalho Mesquita Ayres |
spellingShingle |
José Ricardo de Carvalho Mesquita Ayres A doença na sociedade como entidade e como processo: subsídios para pensar a epidemiologia Saúde e Sociedade |
author_facet |
José Ricardo de Carvalho Mesquita Ayres |
author_sort |
José Ricardo de Carvalho Mesquita Ayres |
title |
A doença na sociedade como entidade e como processo: subsídios para pensar a epidemiologia |
title_short |
A doença na sociedade como entidade e como processo: subsídios para pensar a epidemiologia |
title_full |
A doença na sociedade como entidade e como processo: subsídios para pensar a epidemiologia |
title_fullStr |
A doença na sociedade como entidade e como processo: subsídios para pensar a epidemiologia |
title_full_unstemmed |
A doença na sociedade como entidade e como processo: subsídios para pensar a epidemiologia |
title_sort |
doença na sociedade como entidade e como processo: subsídios para pensar a epidemiologia |
publisher |
Universidade de São Paulo |
series |
Saúde e Sociedade |
issn |
0104-1290 1984-0470 |
publishDate |
1993-01-01 |
description |
Este artigo busca na "oscilação" histórica da compreensão da doença na sociedade, como entidade ou como processo, elementos para a reflexão acerca dos impasses e exigências vividos hoje pelos saberes e práticas da epidemiologia, por referência à proposição da construção de uma sociedade mais livre e justa. Superando o caráter metafísico das concepções ontológicas pré-modernas, as traduções processuais da epidemiologia tornaram-se nucleares a todo o conhecimento objetivo e intervenção prática sobre a dimensão social da doença, a partir do século XIX. No entanto, ao consolidarem socialmente essa posição, os métodos e objetos da ciência epidemiológica assumiram o estatuto prático de verdadeiros entes. São exploradas as raízes e as contradições desse "processualismo" que acaba por negar a sua própria natureza processual. Destaca-se a potencial contribuição de uma "concepção consensual de verdade" na superação do conteúdo de "irracionalismo" que, não obstante inegáveis méritos, esse paroxismo processual do saber epidemiológico, tem conferido à práxis sanitária. |
url |
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12901993000200006 |
work_keys_str_mv |
AT josericardodecarvalhomesquitaayres adoencanasociedadecomoentidadeecomoprocessosubsidiosparapensaraepidemiologia AT josericardodecarvalhomesquitaayres doencanasociedadecomoentidadeecomoprocessosubsidiosparapensaraepidemiologia |
_version_ |
1725800348090630144 |