Summary: | Nos anos 1930 e 1940, o poeta Carlos Drummond de Andrade viveu sua fase de maior engajamento político, aproximando-se do Partido Comunista e incorporando à sua poesia, antes intimista, temas coletivos e sociais. A partir de 1947, no entanto, esta postura começa a esmorecer, levando o escritor a uma isenção ideológica ou, antes disso, a uma clara aversão a seus antigos companheiros de jornada. Este artigo esmiúça o ponto mais tumultuado deste conflito, que foi a atuação de Drummond junto à Associação Brasileira de Escritores, expondo as oscilações do poeta na sua ação política e, simultaneamente, também em sua obra. A trajetória do autor testemunha os limites da comunhão de escritores em torno de causas coletivas, sobretudo nos períodos de maior tensão político-ideológica.
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