"Pequenas pontes submersas": interpretações geográficas e antropológicas de literaturas de contrabando

O estudo das práticas dos contrabandistas requer ferramentas variadas, uma vez que os instrumentos de pesquisa mais convencionais não penetram a natureza sigilosa do objeto em questão. Assim, recorreu-se a interpretações geográficas da literatura e a uma etnografia balizada pela teoria da tradução c...

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Bibliographic Details
Main Author: Adriana Dorfman
Format: Article
Language:English
Published: Museu Paraense Emílio Goeldi
Series:Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-81222008000100008&lng=en&tlng=en
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spelling doaj-5889f6fda3eb45e59b059c34e6a98cf32020-11-25T02:27:45ZengMuseu Paraense Emílio GoeldiBoletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas2178-2547319311410.1590/S1981-81222008000100008S1981-81222008000100008"Pequenas pontes submersas": interpretações geográficas e antropológicas de literaturas de contrabandoAdriana Dorfman0Universidade Federal do Rio Grande do SulO estudo das práticas dos contrabandistas requer ferramentas variadas, uma vez que os instrumentos de pesquisa mais convencionais não penetram a natureza sigilosa do objeto em questão. Assim, recorreu-se a interpretações geográficas da literatura e a uma etnografia balizada pela teoria da tradução cultural como metodologias para pesquisar os bagayeros, contrabandistas de pequenos volumes que freqüentam as cidades de Santana do Livramento e Rivera, na fronteira Brasil-Uruguai. Apresentam-se aqui resultados dessa pesquisa: primeiramente, debatem-se os usos da ficção pelas ciências humanas, mais especificamente pela geografia e antropologia. Segue a análise do contrabando através de seis narrativas produzidas e ambientadas na fronteira gaúcha, examinadas em sua lógica interna e em sua relação com textos precursores. As metáforas empregadas particular ou genericamente às fronteiras são exploradas e mapeadas, sendo usadas como indícios para a compreensão dos significados atribuídos a esse objeto geográfico pela população que o experimenta cotidianamente. Finalmente, textos sobre as fronteiras da França são analisados, novamente em busca das metáforas, e os diferentes contextos geohistóricos de produção de fronteiras e dos objetos culturais a elas ligados são comparados, testando a correspondência entre geografia e cultura, em busca de elementos para uma compreensão mais ampla da fronteira como experiência cotidiana.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-81222008000100008&lng=en&tlng=enContrabandistasFronteirasRegionalismo literárioTraduções culturais
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