Summary: | O ciberespaço manifesta-se como novo domínio para as relações de poder na medida que diferentes atores o utilizam para perseguir seus interesses. Por ser dotado de uma lógica desterritorializadora – na qual múltiplos entes podem atuar de forma anônima –, o ciberespaço desafia concepções tradicionais de segurança e defesa nacional, ao passo que fluxos digitais perpassam diferentes territórios. Considerada a inserção da infraestrutura básica de um Estado no domínio cibernético, englobando sistemas bancários, de telecomunicações, transportes e diversos agentes, como os militares, observa-se uma crescente dependência da sociedade para com o ciberespaço. Tal dependência pode ser explorada por uma miríade de atores internacionais. Nesse contexto, por intermédio da concepção da Escola de Copenhague a respeito do processo de reconhecimento de ameaças por agentes securitizadores, o presente artigo investiga o processo de securitização do ciberespaço mediante análise dos livros brancos de defesa do Brasil, Alemanha e França.
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