Uma análise sobre o processo de securitização do ciberespaço

O ciberespaço manifesta-se como novo domínio para as relações de poder na medida que diferentes atores o utilizam para perseguir seus interesses. Por ser dotado de uma lógica desterritorializadora – na qual múltiplos entes podem atuar de forma anônima –, o ciberespaço desafia concepções tradicionais...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Breno Pauli Medeiros, Alessandra Cordeiro Carvalho, Luiz Rogério Franco Goldoni
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Escola de Comando e Estado-Maior do Exército 2019-04-01
Series:Coleção Meira Mattos
Subjects:
Online Access:http://ebrevistas.eb.mil.br/index.php/RMM/article/view/1889
Description
Summary:O ciberespaço manifesta-se como novo domínio para as relações de poder na medida que diferentes atores o utilizam para perseguir seus interesses. Por ser dotado de uma lógica desterritorializadora – na qual múltiplos entes podem atuar de forma anônima –, o ciberespaço desafia concepções tradicionais de segurança e defesa nacional, ao passo que fluxos digitais perpassam diferentes territórios. Considerada a inserção da infraestrutura básica de um Estado no domínio cibernético, englobando sistemas bancários, de telecomunicações, transportes e diversos agentes, como os militares, observa-se uma crescente dependência da sociedade para com o ciberespaço. Tal dependência pode ser explorada por uma miríade de atores internacionais. Nesse contexto, por intermédio da concepção da Escola de Copenhague a respeito do processo de reconhecimento de ameaças por agentes securitizadores, o presente artigo investiga o processo de securitização do ciberespaço mediante análise dos livros brancos de defesa do Brasil, Alemanha e França.
ISSN:2316-4891