DETERMINAÇÃO DA SATURAÇÃO RESIDUAL DE ÓLEO ATRAVÉS DA MEDIDA DA VARIAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE RADÔNIO NA ÁGUA DE PRODUÇÃO
A metodologia desenvolvida estabelece alternativas que possibilitam a quantificação do óleo estacionado no volume poroso dos reservatórios de petróleo. Foi admitido que, o conhecimento do coeficiente de partição do radônio entre o óleo e a água presentes no reservatório, viabilizará a determinação d...
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Associação Brasileira de Águas Subterrâneas
2012-09-01
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Series: | Revista Águas Subterrâneas |
Online Access: | https://aguassubterraneas.abas.org/asubterraneas/article/view/27970 |
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doaj-581bd803acb04b5b8edcd62bcbf790732020-11-24T20:44:18ZengAssociação Brasileira de Águas SubterrâneasRevista Águas Subterrâneas0101-70042179-97842012-09-0126116586DETERMINAÇÃO DA SATURAÇÃO RESIDUAL DE ÓLEO ATRAVÉS DA MEDIDA DA VARIAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE RADÔNIO NA ÁGUA DE PRODUÇÃOAmenônia Maria Ferreira Pinto0Universidade Estadual de Campinas, UNICAMPA metodologia desenvolvida estabelece alternativas que possibilitam a quantificação do óleo estacionado no volume poroso dos reservatórios de petróleo. Foi admitido que, o conhecimento do coeficiente de partição do radônio entre o óleo e a água presentes no reservatório, viabilizará a determinação da Saturação Residual, levando-se em conta o aumento da quantidade de radônio na fase aquosa em relação à quantidade presente antes de ser iniciada a recuperação secundária, quando o óleo é expulso pela injeção de água. Foram executados testes, em escala de laboratório, em um corpo de prova composto por um meio poroso construído de forma a simular as características de um reservatório. O corpo de prova, elaborado a partir de uma rocha sedimentar de minério de urânio, foi acondicionado em um coreholder onde foram reproduzidas as etapas desde a formação até o esgotamento de um reservatório. A concentração do 222Rn foi determinada na água na saída deste sistema. O fluido deslocante foi simulado por água hiperhialina sintética e o fluido a ser deslocado por óleo mineral. Os resultados experimentais foram tratados segundo a teoria da partição dinâmica apresentada em estudos sobre o transporte do radônio em meio poroso contaminado por NAPL’s. Os dois parâmetros a serem determinados para a aplicação deste modelo são o coeficiente de partição do radônio entre a água e o óleo e a sua concentração máxima emanada pelo meio. O método escolhido para a determinação do coeficiente de partição foi o método proposto por CANTALOUB e o valor encontrado, por espectrometria de cintilação líquida, foi 39 mL de água / mL de óleo. Quanto à concentração máxima, esta foi determinada antes do início dos testes de bancada, tendo sido encontrado o valor de 0,39 Bq/mL via LSC. Em seguida foram realizadas as etapas de drenagem e de embebição. Balanços de massa foram efetuados em cada etapa. Foram executadas duas modalidades de testes de bancada. Na primeira foi simulado o processo de varredura em situação de fluxo estacionário, válido para análise de testes em coluna. O valor encontrado para a SOR ao ser aplicado este modelo foi de 54,22%. O valor avaliado experimentalmente pelo balanço de massa que foi de 58,87%. Na segunda modalidade, em batelada, o meio poroso foi embebido em três etapas, havendo um tempo de repouso da ordem de 20 dias entre cada etapa. Os valores de SOR encontrados em cada etapa foram: 34,36%, 30,52%, e 29,58%, sendo que e os correspondentes valores calculados pelos balanços de massa foram: 39,97%, 31,26% e 28,56%. Portanto, acredita-se que o uso do radônio como traçador natural na indústria de produção de petróleo pode se tornar um método alternativo possibilitando a avaliação da SOR ao longo da vida útil do reservatório. Esta nova técnica, quando viabilizada, ampliará as possibilidades de escolha e de comparação entre os métodos disponíveis contribuindo para um planejamento mais realista da recuperação do óleo.https://aguassubterraneas.abas.org/asubterraneas/article/view/27970 |
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Amenônia Maria Ferreira Pinto |
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A metodologia desenvolvida estabelece alternativas que possibilitam a quantificação do óleo estacionado no volume poroso dos reservatórios de petróleo. Foi admitido que, o conhecimento do coeficiente de partição do radônio entre o óleo e a água presentes no reservatório, viabilizará a determinação da Saturação Residual, levando-se em conta o aumento da quantidade de radônio na fase aquosa em relação à quantidade presente antes de ser iniciada a recuperação secundária, quando o óleo é expulso pela injeção de água. Foram executados testes, em escala de laboratório, em um corpo de prova composto por um meio poroso construído de forma a simular as características de um reservatório. O corpo de prova, elaborado a partir de uma rocha sedimentar de minério de urânio, foi acondicionado em um coreholder onde foram reproduzidas as etapas desde a formação até o esgotamento de um reservatório. A concentração do 222Rn foi determinada na água na saída deste sistema. O fluido deslocante foi simulado por água hiperhialina sintética e o fluido a ser deslocado por óleo mineral. Os resultados experimentais foram tratados segundo a teoria da partição dinâmica apresentada em estudos sobre o transporte do radônio em meio poroso contaminado por NAPL’s. Os dois parâmetros a serem determinados para a aplicação deste modelo são o coeficiente de partição do radônio entre a água e o óleo e a sua concentração máxima emanada pelo meio. O método escolhido para a determinação do coeficiente de partição foi o método proposto por CANTALOUB e o valor encontrado, por espectrometria de cintilação líquida, foi 39 mL de água / mL de óleo. Quanto à concentração máxima, esta foi determinada antes do início dos testes de bancada, tendo sido encontrado o valor de 0,39 Bq/mL via LSC. Em seguida foram realizadas as etapas de drenagem e de
embebição. Balanços de massa foram efetuados em cada etapa. Foram executadas duas modalidades de testes de bancada. Na primeira foi simulado o processo de varredura em situação de fluxo estacionário, válido para análise de testes em coluna. O valor encontrado para a SOR ao ser aplicado este modelo foi de 54,22%. O valor avaliado experimentalmente pelo balanço de massa que foi de 58,87%. Na segunda modalidade, em batelada, o meio poroso foi embebido em três etapas, havendo um tempo de repouso da ordem de 20 dias entre cada etapa. Os valores de SOR encontrados em cada etapa foram: 34,36%, 30,52%, e 29,58%, sendo que e os correspondentes valores calculados pelos balanços de massa foram: 39,97%, 31,26% e 28,56%. Portanto, acredita-se que o uso do radônio como traçador natural na indústria de produção de petróleo pode se tornar um método alternativo possibilitando a avaliação da SOR ao longo da vida útil do reservatório. Esta nova técnica, quando viabilizada, ampliará as possibilidades de escolha e de comparação entre os métodos disponíveis contribuindo para um planejamento mais realista da recuperação do óleo. |
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