O aprendiz do belo: a arte-ética em Plotino

O artigo apresenta as características básicas da estética em Plotino, procurando esclarecer as imbricações necessárias entre estética e a proposta ética de conversão rumo ao inteligível. A arte se mostra como um processo de descoberta daquilo que é mais propriamente nosso, de nosso nível mais verdad...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Marcus Reis Pinheiro
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal Fluminense 2007-12-01
Series:Viso
Subjects:
Online Access:http://revistaviso.com.br/ojs/index.php/viso/article/view/44
Description
Summary:O artigo apresenta as características básicas da estética em Plotino, procurando esclarecer as imbricações necessárias entre estética e a proposta ética de conversão rumo ao inteligível. A arte se mostra como um processo de descoberta daquilo que é mais propriamente nosso, de nosso nível mais verdadeiro, o noûs. Na auto-descoberta apaixonada do noûs, o aprendiz do Belo se torna sua maior obra de arte, a escultura de si mesmo, que faz brilhar em sua própria vida o resplendor da virtude, mimese do inteligível. Também o artista, na nossa acepção do termo, ao criar sua obra exterior, faz brilhar sensivelmente os seus amores inteligíveis, unificando-se progressivamente com as esferas superiores. Suas obras são frutos do processo de conversão ao mundo das verdadeiras belezas, o noûs. Tais obras, cópias diretas do mundo inteligível (e não cópias de copias), são vestígios Daquele Belo, indicações que nos apontam para a transcendência, são obras-anaminese, que nos fazem escalar o caminho da ascese: arte-ética, a vida como um ato de artista.
ISSN:1981-4062