Summary: | Resumo A substituição do metal utilizado como infraestrutura de restaurações protéticas pela cerâmica policristalina à base de zircônia tetragonal estabilizada por ítria (Y-TZP) resultou em dúvidas sobre a qualidade de união entre as cerâmicas de infraestrutura e de recobrimento. Assim, surgiram alguns tratamentos de superfície com o intuito de melhorar a união porcelana-Y-TZP. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito de um tratamento de superfície na resistência de união entre a porcelana e a Y-TZP, bem como comparar os resultados com um grupo controle metal-cerâmica. Três grupos experimentais foram avaliados (n=10): YC - infraestrutura de Y-TZP recoberta com porcelana VM9; YB - infraestrutura de Y-TZP recoberta com um agente de união e porcelana VM9; MC - infraestrutura de níquel-cromo recoberta com opaco e porcelana VM13. Os corpos de prova foram confeccionados usando lâminas do material de infraestrutura, e sobre elas foi construído um cilindro de porcelana (3 mm de diâmetro, 6 mm de altura), sinterizado de acordo com as instruções do fabricante. Os grupos foram submetidos ao teste de cisalhamento em uma máquina de ensaio universal com velocidade de 0,5 mm/min. Após os testes, as falhas foram classificadas como adesiva, mista ou coesiva. Os dados de resistência de união (σf) foram analisados estatisticamente com Anova de um fator (α=0,05). As médias (desvio-padrão) de σf (MPa) foram: YC - 19,7 (7,8); YB - 22,5 (6,4); MC - 24,2 (6,6). Não foi encontrada diferença estatística entre os grupos (p=0,377). Houve relação entre o grupo experimental e o modo de falha. Apenas os grupos YC e YB apresentaram falha coesiva na porcelana. Concluiu-se que a infraestrutura à base de Y-TZP tem resistência de união à porcelana semelhante ao “padrão ouro” metal-cerâmica. A aplicação de um agente de união não teve influência na resistência de união entre porcelana e Y-TZP.
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