Os Moradores de Rua como Contrafluxo à Espetacularização das Cidades

Do início da modernidade aos dias atuais as cidades ganharam e ainda ganham formas que visam tornar seus espaços públicos em não-lugares, isto é, locais em que os habitantes não podem ocupá-los, mas apenas transitar por eles. O problema é que a diminuição da participação dos sujeitos provoca o empob...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Juliano Batista dos Santos, José Serafim Bertoloto
Format: Article
Language:Spanish
Published: Centro Latino-Americano de Estudos em Cultura 2020-03-01
Series:Revista Latino Americana de Estudos em Cultura e Sociedade
Subjects:
Online Access:http://periodicos.claec.org/index.php/relacult/article/view/1797
Description
Summary:Do início da modernidade aos dias atuais as cidades ganharam e ainda ganham formas que visam tornar seus espaços públicos em não-lugares, isto é, locais em que os habitantes não podem ocupá-los, mas apenas transitar por eles. O problema é que a diminuição da participação dos sujeitos provoca o empobrecimento da vida social fazendo desaparecer os benefícios que dela emergem: relações, memórias e identidades. Como contraponto às espetacularizações das cidades, surgiram os movimentos de flanância, deambulação e deriva. Fora deles, há os errantes urbanos, cidadãos que subvertem a produção racionalizada da cidade, em especial os moradores de rua que, ao ocuparem os espaços públicos, resgatam a relação entre o corpo urbano e o corpo do cidadão – uma corpografia.
ISSN:2525-7870