Summary: | Este artigo discute a produção da psicologia como ciência nos parâmetros da racionalidade moderna e
suas relações com a Biopolítica, sob a ótica do pensamento de Foucault, considerando que os
discursos psicológicos operam como estratégias de controle, de normalização e de apoio a
determinadas formas de subjetivação. Reflete sobre os efeitos dos saberes psicológicos nos processos
de subjetivação na contemporaneidade, em sua relação com a medicalização e busca possibilidades de
novas proposições para a psicologia. Ressalta que para potencializar modos de intervenção
libertadores e favoráveis à produção de um sujeito ativo no plano da formação profissional é
imprescindível a análise da fabricação da psicologia como ciência e do estabelecimento de noções
como sujeito, saúde, sofrimento, intervenções e formas de cuidado e seus efeitos. Importa salientar
que pessoas que se afetam pela presença do outro e no encontro movem diferentes sentidos e lógicas,
ao invés de apenas reproduzirem técnicas que operam sobre o outro. Na escuta do imprevisível, estes
profissionais se colocam em abertura aos processos de subjetivação disparados nos encontros.
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