Estudo do reconhecimento de fala nas perdas auditivas neurossensoriais descendentes

Objetivo verificar quais aspectos da configuração audiométrica influenciam a discriminação de fala nas perdas auditivas neurossensoriais descendentes. Métodos foi realizado um levantamento de prontuários hospitalar dos pacientes atendidos no Serviço de Atenção à Saúde Auditiva, no período de mar...

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Bibliographic Details
Main Authors: Deborah Grace Dias Fernandes, Pâmella Carine de Sousa, Letícia Pimenta Costa-Guarisco
Format: Article
Language:English
Published: CEFAC Saúde e Educação 2014-06-01
Series:Revista CEFAC
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-18462014000300792&lng=en&tlng=en
Description
Summary:Objetivo verificar quais aspectos da configuração audiométrica influenciam a discriminação de fala nas perdas auditivas neurossensoriais descendentes. Métodos foi realizado um levantamento de prontuários hospitalar dos pacientes atendidos no Serviço de Atenção à Saúde Auditiva, no período de março a julho de 2011, selecionando-se indivíduos com perdas auditivas neurossensoriais descendentes de grau leve a severo com idade superior a 18 anos. A perda auditiva foi considerada descendente quando a diferença entre as médias das frequências de 0,25 a 2 kHz e 3 a 8 kHz foi maior que 15 dBNA. A partir deste levantamento a amostra do estudo foi composta por 30 pacientes (55 orelhas) sendo 19 homens e 11 mulheres, com idades compreendidas entre 26 e 91 anos. Com base na avaliação audiológica realizada previamente, os testes de reconhecimento de fala foram correlacionados com diferentes médias de limiares tonais, incluindo as frequências de 0,5 a 4 kHz. Além disso, estudou-se as diferenças dos limiares auditivos tonais entre oitavas de frequências, ou seja, o grau de inclinação das curvas audiométricas, e o seu impacto na discriminação de fala. Resultados encontrou-se ótima correlação entre os limiares médios de 0,5 a 4 kHz com a discriminação de fala, sendo essa correlação mais forte com a inclusão das frequências de 3 e 4 kHz na média tonal. No entanto, o aumento da diferença do limiar auditivo entre as oitavas de frequências, que implica em uma maior inclinação da curva audiométrica com queda acentuada nas frequências altas, não interferiu de forma significante nos testes de reconhecimento de fala. Conclusão com base nos resultados deste estudo, pode-se concluir que as frequências de 3 e 4 kHz contribuem para a inteligibilidade de fala.
ISSN:1982-0216