Crítico "pero no mucho"

Neste estudo problematizamos a visão de criticidade em um livro didático de inglês para o primeiro ano do Ensino Médio, pertencente a uma coleção aprovada pelo Programa Nacional do Livro e Material Didático 2018 (PNLD) e apontamos formas de preencher lacunas em tal material através de sugestões par...

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Bibliographic Details
Main Authors: Patrícia Helena da Silva Costa, Raquel de Almeida Rodrigues
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Estadual de Campinas 2021-08-01
Series:Trabalhos em Linguística Aplicada
Subjects:
Online Access:https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8661811
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spelling doaj-5629f372631a4c0c9a314cce9eefe4642021-08-21T14:09:32ZengUniversidade Estadual de CampinasTrabalhos em Linguística Aplicada2175-764X2021-08-01602Crítico "pero no mucho"Patrícia Helena da Silva Costa0Raquel de Almeida Rodrigues1Secretaria Municipal de Educação do Rio de JaneiroColégio Pedro II Neste estudo problematizamos a visão de criticidade em um livro didático de inglês para o primeiro ano do Ensino Médio, pertencente a uma coleção aprovada pelo Programa Nacional do Livro e Material Didático 2018 (PNLD) e apontamos formas de preencher lacunas em tal material através de sugestões para uma formação de professores realmente crítica e antirracista. Alinhadas a uma abordagem pedagógica de letramento queer (LIN, 2014) e de letramento crítico racial (FERREIRA, 2015a; 2015b), defendemos a posição de que uma prática problematizadora (PENNYCOOK, 2004) antirracista deva estar presente na formação dos professores de língua, além de manuais e orientações elaborados para os docentes de inglês. Neste sentido, a perspectiva de "crítico" por nós adotada procura motivar o questionamento e estranhamento (LIN, 2014) dos discursos naturalizados, levando-se em consideração questões de acesso, poder, diferença, desigualdade e resistência (PENNYCOOK, 2004). Analisamos a primeira unidade do livro, intitulada "Who am I?" e voltada para aspectos referentes à identidade, e a fundamentação teórica do material didático, juntamente com as orientações dadas aos/às professores(as) para a abordagem das atividades de tal unidade. As considerações que fazemos ao final da análise apontam para a necessidade de uma formação docente que possa complementar o material e, dessa forma, ir além das sugestões das autoras para, de fato, promover práticas pedagógicas antirracistas problematizadoras, através da reflexão sobre questões identitárias de caráter interseccional e decolonial, pois neste caso, e possivelmente em outros, as orientações elaboradas para os docentes no material didático não problematizam tais aspectos, sinalizando a ausência de questionamentos que levem à uma agenda transformadora. https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8661811Pedagogia de letramento queerLetramento racial críticoPrática problematizadoraMaterial didático de inglês para a Educação BásicaFormação docente
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