La réception de la littérature classique grecque et latine du IXe au XIIe siècle. Une étude comparative
O artigo se propõe a examinar a recepção da literatura clássica grega e latina dos séculos IX ao XII, baseando-se nos manuscritos e fragmentos conservados das obras de um corpus de cinqüenta autores gregos e cinqüenta autores latinos. Os resultados da pesquisa mostram que os testemunhos no Ocidente...
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Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)
2006-12-01
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doaj-55a8aa15bc744193b4e56b95f7dcb59f2020-11-24T23:26:30ZengSociedade Brasileira de Estudos Clássicos (SBEC)Classica, Revista Brasileira de Estudos Clássicos0103-43162176-64362006-12-0119216717910.24277/classica.v19i2.112101La réception de la littérature classique grecque et latine du IXe au XIIe siècle. Une étude comparativeBirger Munk Olsen0Université de CopenhagueO artigo se propõe a examinar a recepção da literatura clássica grega e latina dos séculos IX ao XII, baseando-se nos manuscritos e fragmentos conservados das obras de um corpus de cinqüenta autores gregos e cinqüenta autores latinos. Os resultados da pesquisa mostram que os testemunhos no Ocidente são singularmente mais numerosos que os de Bizâncio. Para as vinte e cinco obras mais conhecidas, assinalamos, por exemplo, cerca de três mil cópias de textos latinos contra aproximadamente duzentos textos gregos, o que torna problemático o estabelecimento de estatísticas signi?cativas para o domínio bizantino. Esse desvio pode ser explicado de muitas formas, antes de tudo pelo papel importante, no Ocidente, dos clássicos no ensino dos mosteiros, que fazem copiar em seus scriptoria coleções geralmente consideráveis de livros escolares. Em Bizâncio, ao contrário, os mosteiros, tendo uma concepção bem diversa da cultura monástica, parecem não ter tido nenhum papel na transmissão da literatura antiga. Assim sendo, os livros clássicos deviam encontrar-se essencialmente nas bibliotecas privadas dos amadores esclarecidos ou dos mestres, e eram menos estáveis e numerosas do que as pessoas morais do Ocidente.https://revista.classica.org.br/classica/article/view/112Literatura gregaLiteratura latinaRecepçãoClássicosManuscritos clássicosBizâncioIdade Média. |
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O artigo se propõe a examinar a recepção da literatura clássica grega e latina dos séculos IX ao XII, baseando-se nos manuscritos e fragmentos conservados das obras de um corpus de cinqüenta autores gregos e cinqüenta autores latinos. Os resultados da pesquisa mostram que os testemunhos no Ocidente são singularmente mais numerosos que os de Bizâncio. Para as vinte e cinco obras mais conhecidas, assinalamos, por exemplo, cerca de três mil cópias de textos latinos contra aproximadamente duzentos textos gregos, o que torna problemático o estabelecimento de estatísticas signi?cativas para o domínio bizantino. Esse desvio pode ser explicado de muitas formas, antes de tudo pelo papel importante, no Ocidente, dos clássicos no ensino dos mosteiros, que fazem copiar em seus scriptoria coleções geralmente consideráveis de livros escolares. Em Bizâncio, ao contrário, os mosteiros, tendo uma concepção bem diversa da cultura monástica, parecem não ter tido nenhum papel na transmissão da literatura antiga. Assim sendo, os livros clássicos deviam encontrar-se essencialmente nas bibliotecas privadas dos amadores esclarecidos ou dos mestres, e eram menos estáveis e numerosas do que as pessoas morais do Ocidente. |
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