Aspectos fitotécnicos do cultivo da oliveira no Rio Grande do Sul I: biologia reprodutiva

A oliveira (Olea europaea L.), apesar de apresentar flores hermafroditas e estaminadas, possui mecanismos que favorecem a alogamia, sendo desaconselhável a formação de pomares monovarietais. A polinização da oliveira é anemófila, produzindo grande quantidade de grãos de pólen espalhados no ar durant...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Sídia Witter, Adilson Tonietto, Caio Fábio Stoffel Efrom, Andreia Mara Rotta Oliveira, Vera Regina dos Santos Wolff, Flávio Varone
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) 2019-11-01
Series:Pesquisa Agropecuária Gaúcha
Subjects:
Online Access:http://revistapag.agricultura.rs.gov.br/ojs/index.php/revistapag/article/view/93
Description
Summary:A oliveira (Olea europaea L.), apesar de apresentar flores hermafroditas e estaminadas, possui mecanismos que favorecem a alogamia, sendo desaconselhável a formação de pomares monovarietais. A polinização da oliveira é anemófila, produzindo grande quantidade de grãos de pólen espalhados no ar durante a floração. A viabilidade econômica da produção de azeite de oliva depende da produção de frutos e vários fatores podem afetar a frutificação. Esse estudo teve como objetivo entender as relações da biologia reprodutiva com a produção de frutos em oliveira, nas condições do sul do Brazil. O estudo foi realizado em 2016 e 2017, em olival comercial localizado em Barra do Ribeiro/RS, em espaçamento de 5x7, com as cultivares Koroneiki, Arbequina e Arbosana. Analisou-se o número de inflorescências por ramo, o número de flores por inflorescência, o número de flores hermafroditas, a qualidade do pólen e o sistema de polinização. ‘Arbosana’ apresentou o maior número de flores/inflorescência. ‘Arbequina’ apresentou o maior percentual de flores hermafroditas que ‘Koroneiki’ nos dois anos avaliados, não diferindo de ‘Arbosana’ em 2017. Houve redução do percentual de flores hermafroditas para as cultivares Koroneiki e Arbequina, no segundo ano avaliado. Houve redução na viabilidade do pólen em 2017, mais expressivo em ‘Koroneiki’. Independente da cultivar, a polinização livre proporcionou maior frutificação. ‘Koroneiki’ fixou mais frutos que ‘Arbequina’; os parâmetros avaliados não foram determinantes para a frutificação das cultivares estudadas.
ISSN:0104-9070
2595-7686